A Fundação Casa (antiga Febem) informou nesta sexta-feira (8) que o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região marcou uma audiência de conciliação para a próxima segunda-feira (11) entre a instituição e o Sitraemfa (sindicato que representa os trabalhadores da instituição).

"O objetivo é chegar a um acordo coletivo com a categoria. O governo do Estado já estava disposto a negociar a pauta de reivindicações, entretanto, o sindicato optou por manter o movimento de greve nos centros socioeducativos", disse a instituição.

Desde a 0h desta quinta (7), os funcionários decretaram greve, por tempo indeterminado, e reivindicam aumento salarial de 28,16%, melhoria nas condições de trabalho, licença maternidade de 180 dias e auxilio às crianças com necessidades especiais.

O presidente do Sitraemfa, Aldo Antônio, disse que o governo Alckmin (PSDB) provocou a greve. "O governo nos empurrou para a greve, pois desde o começo do ano estamos tentando negociar com eles. Mas, eles não tinham proposta. Agora, marcaram uma audiência rapidamente".

Na manhã desta sexta, um grupo de funcionários da instituição protestou em frente à unidade Centro Leopoldina, na zona oeste de São Paulo. Segundo o sindicato, a paralisação atinge todas as 148 unidades do Estado de São Paulo. Eles pedem ainda a solução de problemas como superlotação nas unidades, falta de funcionários, falta de segurança, além de uma escala de trabalho justa.

A Fundação Casa disse que o atendimento aos adolescentes nos centros socioeducativos se mantém dentro da rotina, sem prejuízo às atividades pedagógicas, ao atendimento de saúde e psicossocial e à alimentação e higiene, assim como a visitação dos familiares, que ocorrerá no final de semana.

Na ultima terça-feira (5), o tribunal determinou que 70% dos funcionários de cada um dos centros permaneçam em atividade para não prejudicar o serviço prestado. Caso haja descumprimento da decisão, será aplicada multa diária de R$ 100 mil ao sindicato.