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    Justiça manda Santa Casa de SP pagar salários atrasados a 270 funcionários

    DE SÃO PAULO

    20/05/2015 15h32

    O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) determinou que a Santa Casa de São Paulo pague em até 30 dias os salários atrasados a uma parte dos funcionários do hospital. O não cumprimento do prazo poderá render multa à instituição.

    A ação beneficia 270 funcionários de áreas administrativas e alguns setores de manutenção, além de auxiliares e técnicos de enfermagem que são representados pelo Sinsaúde (sindicato da categoria), e estão sem receber os salários de novembro e parte do 13º salário de 2014.

    A juíza Danielle Viana Soares, da 41ª Vara do Trabalho de São Paulo, também determinou que a Santa Casa pague multas pelo atraso no pagamento, mas rejeitou o pedido de pagamento de indenização por danos morais feito pelo sindicato. A decisão não beneficia médicos e funcionários atendidos por outros sindicatos.

    Segundo a Santa Casa, não foram pagos os salários de novembro aos profissionais com salários superiores a R$ 6.000, o que equivale a 8% da folha de pagamentos do hospital –ou 699 funcionários–, e apenas quem recebe até R$ 3.000 recebeu parte do 13º.

    Entre os médicos, todos estão sem receber o 13º salário e 437 não receberam o salário de novembro, de acordo com o Simesp (sindicato dos médicos).

    A Santa Casa disse, em nota, que ainda está avaliando a sentença e que está trabalhando para honrar seus compromissos. "A instituição reconhece o valor de seus colaboradores e compreende a busca pelo cumprimento de seus direitos", ressaltou a entidade.

    Daniel Guimarães - 3.abr.2014/Folhapress
    Prédio principal do complexo da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que enfrenta uma crise
    Prédio principal do complexo da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que enfrenta uma crise

    CRISE

    Segundo uma auditoria contratada pelo governo do Estado de São Paulo no fim do ano passado, a dívida da Santa Casa de São Paulo supera os R$ 770 milhões. Só os débitos com fornecedores superam R$ 100 milhões.

    Em julho de 2014, a instituição chegou a fechar o atendimento de urgência e emergência por pouco mais de um dia. À época, o hospital alegou a falta de recursos para comprar medicamentos e materiais como seringas e agulhas.

    No começo do ano, o hospital anunciou que demitiria 1.100 funcionários para aliviar as contas. Dias depois, porém, a decisão foi suspensa.

    Com a crise, o provedor da Santa Casa de São Paulo, Kalil Rocha Abdalla, que estava licenciado desde janeiro, renunciou ao cargo no mês passado.

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