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    Mafioso italiano acusado de 26 mortes é levado para cela da PF em Brasília

    PATRÍCIA BRITTO
    DO RECIFE

    27/05/2015 09h45

    O italiano Pasquale Scotti, 56, apontado pela polícia italiana como um dos mafiosos foragidos mais procurados do país, embarcou na manhã desta quarta-feira (27) para Brasília.

    Scotti deixou o Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife, por volta das 6h30, no voo JJ3457, da TAM, acompanhado por três agentes da Polícia Federal. O italiano chegou pouco antes das 9h ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, de onde foi levado para a carceragem da Polícia Federal.

    Scotti foi preso por uma equipe da Polícia Federal nesta terça (26), no Recife, onde com o nome falso de Francisco de Castro Visconti, viveu por quase 30 anos no Brasil. Atualmente, ele morava no Sancho, bairro de classe média baixa em Recife, com a mulher e dois filhos. Ele disse à PF que "vagou por vários Estados" até virar empresário.

    A PF já pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) sua transferência para um presídio de segurança máxima. O governo italiano tem prazo de 90 dias para pedir ao Supremo a extradição de Scotti.

    Policia Federal/Efe
    Pasquale Scotti, em prédio da Polícia Federal no Recife, após ser preso nesta terça (26)
    Pasquale Scotti, em prédio da Polícia Federal no Recife, após ser preso nesta terça (26)

    ACUSAÇÕES

    Segundo as autoridades italianas informaram ao Brasil, Scotti foi o chefe do "braço militar" de um grupo mafioso denominado Nova Camorra Organizada, de Nápoles, e que tinha como líder principal Raffaele Cutolo, que cumpre prisão perpétua.

    Scotti chegou a ser preso na Itália em 1984, mas escapou no mesmo ano do hospital em que estava custodiado, em Casoria. Desde então não foi mais visto e, segundo a PF, chegou a ser dado como morto por ex-mafiosos.

    A Itália atribui a Scotti a participação em um total de 26 assassinatos na Itália entre 1980 e 1983, além de extorsão, porte ilegal de armas e resistência.

    Scotti foi levado à sede da Superintendência da PF no Recife. A PF já pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) sua transferência para um presídio de segurança máxima. O governo italiano tem prazo de 90 dias para pedir ao Supremo a extradição de Scotti.

    Após a notícia da prisão de Scotti, autoridades da Itália, como o ministro do interior Angelino Alfano, comemoraram na imprensa italiana a detenção do mafioso. "Um tiro surpreendente marcado por nossa equipe italiana junto com a valiosa cooperação da polícia do Brasil. A caça aos fugitivos ultrapassa à fronteira do nosso país", disse.

    Editoria de Arte/Folhapress

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