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    Mato cresce e invade pista na rodovia Rio-Santos

    ESTÊVÃO BERTONI
    DE SÃO PAULO

    03/06/2015 02h00

    Sem contrato de manutenção desde 2013, dois trechos da rodovia Rio-Santos que somam 73 quilômetros de extensão têm áreas que estão sendo tomadas pelo mato.

    Em alguns pontos da BR-101, como o do quilômetro 593, em Paraty (RJ), próximo à divisa com Ubatuba (SP), o capim já encobre metade de uma das faixas de rolamento.

    O trecho total sem conservação equivale à distância entre a capital paulista e Santos.

    Estêvão Bertoni/Folhapress
    Vegetação invade metade da pista da Rio-Santos na altura do quilômetro 593, em Paraty (RJ)
    Vegetação invade metade da pista da Rio-Santos na altura do quilômetro 593, em Paraty (RJ)

    A estrada é o principal acesso para quem vai de São Paulo a Paraty, cidade que deverá atrair cerca de 25 mil pessoas entre os dias 1º e 5 de julho devido à Flip, sua festa internacional de literatura.

    Em feriados como o de Corpus Christi, nesta quinta-feira (4), o movimento na estrada também costuma aumentar por causa das praias da região, como a de Trindade (RJ).

    Responsável pela administração da estrada, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) afirma que o abandono do local é consequência do cancelamento do último edital para a manutenção dos trechos entre os quilômetros 495 e 511 e 541 e 598 da rodovia.

    Devido a vários recursos na Justiça movidos por empresas que contestavam o resultado do edital, ele acabou cancelado, segundo o órgão.

    Um novo processo licitatório foi concluído em maio. Para começar a vigorar, ainda precisa da assinatura com a empresa vencedora. "Assim que essa etapa for cumprida, serão iniciados os serviços", afirma o Dnit, em nota, sem especificar uma data.

    O órgão justifica o cenário de abandono pelo fato de o capim colonião, predominante na região, ter "um crescimento muito acelerado" e diz que a conservação na via passará a ser mensal.

    Enquanto isso, moradores da região reclamam das placas e do acostamento encobertos pelo matagal.

    Para Tiê Passos, 30, morador de um sítio da região, o mato "sempre existiu" perto da divisa com São Paulo.

    Jadir Schueng de Souza, 53, dono de uma pousada próxima à entrada de Trindade, diz que é comum ouvir os bombeiros passando na estrada. "Muitos acidentes têm acontecido porque a água da chuva volta para a estrada por causa do mato."

    Segundo ele, os próprios moradores fixaram em um ponto visível uma placa de limite de velocidade que estava escondida. "Teve uma reforma pouco antes da Copa. O asfalto está perfeito, mas o mato está alto da divisa com São Paulo até Paraty", diz.

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