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    Após tumulto, CPTM amplia operação da linha 7 até Francisco Morato

    DE SÃO PAULO

    03/06/2015 11h47

    A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) informou na manhã desta quarta-feira (3) que mais três estações da linha 7-rubi foram abertas às 11h30 após o tumulto que atingiu a estação Francisco Morato. A linha é uma das quatro afetadas pela paralisação dos funcionários iniciada na madrugada.

    Com isso, a linha passou a operar da estação Palmeiras-Barra Funda até Francisco Morato. Até então, os trens estavam circulando apenas até a estação Caieiras. Apenas as linhas 8 e 9 operam normalmente.

    Segundo a CPTM, a abertura de mais estações foi possibilitada pelo comparecimento de mais trabalhadores aos seus postos de trabalho, desistindo de aderir à paralisação. Para o presidente do sindicato dos funcionários que operam as linhas 7 e 10, Eluiz Matos, a empresa está colocando supervisores para fazer os trabalhos nos trens e plataformas.

    Algumas pessoas aguardavam a abertura da estação Francisco Morato do lado de fora, enquanto policiais militares impediam a entrada após a confusão registrada mais cedo. Passageiros revoltados com a paralisação chegaram a quebrar um muro. A PM chegou a usar bombas de gás para dispersar o grupo. Uma pessoa foi detida.

    Além da linha 7, que continua com cinco estações fechadas, outras três linhas da CPTM sofrem alterações desde a madrugada por conta da greve: a 11-coral funciona parcialmente e as linhas 10-turquesa e 12-safira estão fechadas. Apenas as linhas 8-diamante e 9-esmeralda operaram normalmente.

    Editoria de Arte/Folhapress

    FUNCIONAMENTO DAS LINHAS

    LINHA 7-RUBI - Funciona apenas entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Francisco Morato

    LINHA 8-DIAMANTE - Funciona normalmente

    LINHA 9-ESMERALDA - Funciona normalmente

    LINHA 10-TURQUESA - Não funciona

    LINHA 11-CORAL - Funciona entre as estações Guaianases e Luz

    LINHA 12-SAFIRA - Não funciona

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    NEGOCIAÇÃO

    A categoria deve fazer uma nova assembleia na tarde desta quarta para decidir sobre a continuidade ou não da greve. Segundo um dos sindicatos, a CPTM não fez nenhuma nova proposta de reajuste desde terça.

    Em negociação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), na tarde desta terça-feira (2), a CPTM fez duas propostas : a primeira de conceder reajuste de 7,72% nos salários e de 10% nos benefícios e a segunda de aumento de 8,25% nos salários e benefícios. Os trabalhadores pedem 9,29%. A inflação acumulada desde o último reajuste, em maio de 2014, foi de 6,65%, segundo o IPC/Fipe.

    Em nota, a CPTM diz considerar "irresponsável" a decisão de entrar em greve. "Embora respeite o direito de greve, a CPTM ressalta que a paralisação do sistema prejudicará quase 3 milhões de usuários" que utilizam diariamente a rede de trens. A empresa tem cerca de 8.800 funcionários nas seis linhas.

    Decisão liminar (provisória) concedida na semana passada pelo vice-presidente judicial do TRT-2, desembargador Wilson Fernandes, determina que, em caso de greve, 90% dos maquinistas e 70% dos demais funcionários trabalhem nos horários de pico (das 4h às 10h e das 16h às 21h) e que 60% atuem nos demais períodos.

    RODÍZIO

    Apesar da paralisação, a CET (Companhia da Engenharia de Tráfego) informou que o rodízio não foi suspenso. Com isso, carros com placas final 5 e 6 não circulam no centro expandido de São Paulo, das 7h às 10h e das 17h às 20h.

    De acordo com a companhia, o pior índice de congestionamento foi registrado às 8h30, quando a cidade teve 107 km de lentidão –o que representa 12,4% dos 868 km monitorados. Às 10h, o congestionamento na cidade era de 78 km de lentidão –dentro da média, que varia de 68 km a 94 km.

    PAESE

    A SPTrans (empresa de transporte municipal em São Paulo) informou que a CPTM não solicitou o Paese (plano de emergência), mas que reforçou as linhas de ônibus que circulam por ramais atendidos pelos trens da companhia na cidade.

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