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    Conselho decide adiar para 2016 exame antidroga em caminhoneiros

    EDUARDO GERAQUE
    DE SÃO PAULO

    05/06/2015 22h26

    A entrada em vigor do polêmico exame antidoping para caminhoneiros está adiada para 1º de janeiro de 2016.

    A nova data consta de uma resolução publicada pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito). Em princípio, o exame passaria a ser obrigatório a partir de junho.

    Instituído pela chamada Lei do Caminhoneiro, o teste antidoping deverá ser feito pelos motoristas com carteiras das categorias C, D e E.

    Tanto durante a primeira habilitação quanto na renovação do documento, que ocorre a cada cinco anos.

    A verificação do uso de drogas vai ocorrer por um exame toxicológico feito com o fio de cabelo do motorista.

    Em princípio, será possível estimar o consumo de drogas ilícitas, como a cocaína, maconha, crack, heroína e os chamados rebites, nos 90 dias anteriores ao exame.

    Apesar de ser a favor de uma fiscalização rígida contra o uso de drogas por partes dos motoristas profissionais, instituições como a Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego) estão se posicionando contra a exigência do exame.

    O principal argumento deles é que esse exame não detecta, com precisão, quando o uso da droga ocorreu.

    O motorista pode parar de usar substâncias ilícitas um curto período de tempo. Renovar sua carteira e voltar a usar drogas, dizem os médicos da Abramet.

    Em seu parecer contrário a medida, a Abramet diz que "se a resolução em pauta passar a ser aplicada seremos o único país no mundo a adotar essa medida".

    Em outros lugares, o exame existe como um instrumento complementar na investigação de acidentes.

    A estimativa é que o custo do exame vai girar entre R$ 250 e R$ 350. O governo ainda vai credenciar as empresas que farão os testes.

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