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    Famílias são retiradas de área ocupada na Grande SP; três são detidos

    DE SÃO PAULO

    09/06/2015 06h26

    Começou neste terça-feira (9) a reintegração de posse de um terreno invadido na divisa dos municípios de Osasco e Barueri, na Grande São Paulo. Segundo a Polícia Militar, que acompanha a desocupação, a remoção das cerca de 2.500 famílias deverá ser retomada na quarta (10).

    O terreno de 200 mil m2, conhecido como comunidade Nelson Mandela, foi ocupado em fevereiro de 2014 e reunia aproximadamente 12 mil pessoa em barracos e casas de alvenaria, segundo a polícia. O local fica entre o bairro Portal D'Oeste 2 e um aterro sanitário (ambos em Osasco), o Rodoanel e o bairro Parque Imperial (em Barueri).

    Os moradores já tinham sido notificados sobre a decisão judicial que determinou a reintegração desta terça. No início da manhã, no entanto, ao menos três pessoas tentaram interromper a reintegração incendiando alguns barracos. Segundo a PM, dois adolescentes foram apreendidos e um homem preso sob suspeita de terem iniciado o fogo.

    O trecho oeste do Rodoanel também foi interditado por cerca de três horas, por conta da reintegração, no trecho entre o km 16 e o km 6, entre as rodovias Castello Branco e Anhanguera.

    A reintegração foi solicitada por Dias Martins S/A Mercantil e Industrial, proprietário da área, e determinada pela juíza Ângela Moreno Pacheco de Rezende Lopes, da 2ª Vara Cível do Foro de Osasco.

    Segundo a Prefeitura de Osasco, 1.840 que estavam na ocupação terão os nomes incluídos no no cadastro da Sehdu (Secretaria Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano) para que tenham acesso a programas habitacionais, como o "Minha Casa, Minha Vida".

    Ainda de acordo com a administração municipal, a área ocupada "não é adequada ao uso habitacional e apresenta restrições ambientais com riscos severos à saúde e à segurança pela proximidade com o aterro sanitário e também riscos de deslizamento de solo".

    Atualmente, a prefeitura tem cerca de 43 mil pessoas cadastradas em programas habitacionais na faixa de renda de até três salários mínimos. Até 2017, a administração municipal prevê 5.000 novas moradias em diferentes etapas de projetos e cerca de 4.000 títulos de regularização fundiária.

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