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    Festa junina vegana tem coxinha de jaca e baião de dois com pinhão

    PAULA SAVIOLLI
    DE SÃO PAULO

    14/06/2015 19h25

    A segunda edição da Festa Junina Vegana, que acontece neste domingo (14), das 11h às 21h, trouxe uma nova versão das festas típicas do mês de junho.

    Com o intuito de promover o veganismo, as barracas vendiam comidas juninas adaptadas para não conterem nenhum ingrediente de origem animal, além de privilegiarem produtos orgânicos. Outra diferença da festa tradicional foi a permissão da entrada de animais de estimação, muitos deles vestidos com roupinhas típicas.

    O evento, promovido pela Vegnice, ocupou os 3.000 metros quadrados do Studio Verona, localizado perto do metrô Portuguesa-tietê, na zona norte de São Paulo, e tem o objetivo de mostrar que o estilo de vida vegano é possível e acessível.

    "Sempre acompanho e compareço" disse Suria Nassib, uma das visitantes assíduas de eventos veganos.

    De acordo com Nelson Santos, conhecido como Rama e um dos responsáveis pela organização, só no primeiro dia de divulgação, cerca de 3.000 pessoas já haviam confirmado no evento do Facebook. Neste domingo, o número de confirmados era cerca de 29 mil.

    "Íamos ocupar apenas a parte coberta do local, mas tivemos que colocar as barracas também no lado de fora", disse. Ainda de acordo com ele, os organizadores tiveram cerca de um mês para reorganizar a festa para mais pessoas.

    O evento é realizado sem patrocínio e conta com estandes de ONGs e pequenos produtores e expositores. Para entrar, era cobrado R$ 5 ou a doação de ração para animais.

    Entre os quitutes mais desejados estava a coxinha de jaca. Ao 12h30, cerca de 40 pessoas esperavam para comprar a iguaria. Feito com jaca verde e temperos indianos, o salgado é proveniente da cultura Hare Krishna.

    "A fila da coxinha já é tradicional em eventos veganos", disse Prisicila Das Almas, a Gopi, umas das organizadoras. "Virou uma marca já".

    Outro prato que chamou a atenção foi o baião de dois vegano. "É feito com arroz integral, feijão de corda, pinhão defumado, no lugar do bacon, e linguiça de glúten - tudo orgânico", disse Sandra Neves, administradora do Gordice Vegan, que tem o intuito de levar o veganismo à culinária nordestina. O prato fez tanto sucesso que acabou depois de duas horas da abertura do evento.

    ATIVISMO

    Junto com a festa junina, havia também uma feira com produtos veganos, que iam de roupas a cosméticos, alimentos orgânicos e itens para animais de estimação, como arranhadores para gatos.

    "O evento não é nossa profissão, mas o promovemos pelo projeto e pela causa", afirma Santos.

    Paralelamente às festividades, um dos principais objetivos do evento é a educação e disseminação de informações sobre nutrição vegana, abolição animal e assuntos relacionados, com uma série de palestras e workshops. Além disso, o grupo Veddas realizou uma manifestação artística em prol dos direitos animais e exibiu filmes com a mesma temática.

    A adoção de cães e gatos também foi uma das ações presentes na festa, através de ONGs que trabalham com animais abandonados. "A adoção é baixa em eventos veganos" disse Beatriz Silva, da ONG Bendita Adoção. "Por outro lado, recebemos bastante doações".

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