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    Após 3 dias estável, nível do Cantareira volta a recuar e atinge 15,4%

    DE SÃO PAULO

    15/06/2015 09h48

    Após permanecer estável por três dias consecutivos, o sistema Cantareira, o maior da Grande São Paulo e em situação mais crítica, recuou 0,1 ponto percentual em relação ao índice do dia anterior e opera com 15,4% de sua capacidade, segundo balanço da Sabesp divulgado nesta segunda-feira (15).

    Esse recuo no índice é reflexo da escassez de chuva na cabeceira dos reservatórios e do tempo seco dos últimos dias. De acordo com a Sabesp, nos primeiros 15 dias de junho, o manancial acumulou apenas 20% (11,7 mm) do volume de chuva esperado para todo este mês (58,5 mm).

    Apesar da chuva que cai na capital paulista na manhã desta segunda, o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura, informa que a propagação de uma frente fria mudou o tempo mas que as precipitações serão de fraca intensidade e com baixo potencial para formação de alugamentos. Além disso, não há previsão de chuva para os próximos dois dias.

    O Cantareira abastece 5,3 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulista –eram cerca de 9 milhões antes da crise da água. Essa diferença passou a ser atendida por outros sistemas.

    O percentual usado na medição do sistema Canteira tem como base a quantidade de água naquele dia e a capacidade total do reservatório, de 1,3 trilhão de litros e que inclui o volume útil (acima dos níveis de captação) e as duas cotas do volume morto (reserva do fundo das represas, captadas com o auxílio de bombas).

    Até então, o índice considerava o volume morto apenas na quantidade disponível, e não na capacidade total –sem ele, o sistema tem capacidade de 1 trilhão de litros de água. Essa é uma das três metodologias que a Sabesp usa atualmente para divulgar o volume do reservatório.

    arte

    Para aliviar o Cantareira, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou o início de operações do segundo módulo de membranas ultrafiltrantes na estação de tratamento Alto da Boa Vista, na zona sul de São Paulo. O sistema custou R$ 41 milhões e irá tratar mil litros de água da represa Guarapiranga, que opera nesta segunda com 77% de sua capacidade após recuar 0,1 ponto percentual em relação a medição do dia anterior.

    O Guarapiranga fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista. Com a nova obra, a Sabesp espera fornecer água para mais bairros de São Paulo e assim, diminuir mais uma vez a área de abastecimento do sistema Cantareira.

    OUTROS RESERVATÓRIOS

    O nível do sistema Alto Tietê, que abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo, recuou 0,1 ponto percentual e opera com 20,8% de sua capacidade.

    No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto , que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).

    Já o reservatório Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, opera com 65,2% de sua capacidade após recuar 0,3 ponto percentual. O sistema Rio Grande, que atende a 1,5 milhão de pessoas, recuou 0,3 ponto percentual e opera nesta segunda com 89,8% de capacidade. O nível de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, caiu de 54,6% para 54,4%.

    A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.

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