O VLT (veículo leve sobre trilhos) da Baixada Santista, que liga as cidades de Santos e São Vicente, no litoral paulista, deve começar a funcionar em fase comercial em janeiro de 2016.
A linha, apresentada pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB) como a primeira a usar esse tipo de meio de transporte no Brasil, já opera desde abril em fase de testes, com horário reduzido e sem cobrança de tarifa.
O governador assinou nesta terça-feira (23) o contrato que concede a operação do VLT ao consórcio BR Mobilidade, formado por Viação Piracicabana e Grupo Comporte Participações. O consórcio é comandado pela família Constantino, da companhia aérea Gol.
Além da operação, a empresa será responsável pelo fornecimento de equipamentos e sistemas de controle e pela implantação da cobrança eletrônica. Pelo contrato a companhia também vai assumir a operação das linhas de ônibus intermunicipais na Baixada, dentro de uma PPP (parceria público-privada) de R$ 5,6 bilhões e prazo de 20 anos.
As obras da linha estão atrasadas –a previsão do governo era ter o VLT operando em maio do ano passado. Questionado, Alckmin disse que o cronograma foi prejudicado por disputas judiciais que pararam a obra e que se trata de construção inédita no país.
Segundo Joaquim Lopes da Silva Júnior, presidente da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), o consórcio terá 60 dias para contratar os futuros operadores dos trens e disponibilizá-los para treinamento. A operação precisa começar em 180 dias.
Mas antes da operação ser iniciada o governo precisa finalizar parte da infraestrutura da linha, como o centro de controle e os sistemas de sinalização e comunicação. A previsão é que tudo seja entregue até o fim do ano.
A tarifa do VLT será de R$ 3,60, e a integração com os ônibus municipais custará R$ 3,80.
A linha férrea já conta com 6,1 km e nove estações. Outras duas estão em obras e a licitação para outras três foi lançada nesta terça. A previsão é que essa primeira fase da linha, com 11,4 km, fique pronta no ano que vem.