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    Crise da água

    Dilma libera R$ 830 milhões para aumentar oferta de água em SP

    NATUZA NERY
    DE BRASÍLIA

    24/06/2015 19h37

    A presidente Dilma Rousseff e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), assinam nesta quinta-feira (25) o contrato de financiamento de R$ 830 milhões para interligar as bacias hidrográficas Jaguari-Atibainha.

    A obra, que integra o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), estava prevista desde o início do ano, mas os recursos só serão liberados agora.

    Costurado pelo Ministério das Cidades, o acordo prevê financiamento do BNDES, com contrapartida do governo de São Paulo.

    Editoria de Arte/Folhapress

    A integração das bacias é uma das medidas para contornar a crise hídrica no Estado. A obra, quando concluída, deve reforçar o abastecimento de 39 municípios da região metropolitana.

    O projeto está orçado em R$ 830 milhões. A previsão do governo era concluir a primeira fase da obra em 2016, mas problemas com a licitação e o financiamento empurraram o prazo para fevereiro de 2017.

    A obra de transposição foi pedida por Alckmin ao governo federal em março do ano passado. No fim do ano o governador voltou a solicitar ajuda da União para viabilizar a obra. Em reunião com Dilma no Planalto em novembro, o tucano apresentou um pacote para a realização de oito obras de infraestrutura, nos próximos três anos, ao custo de R$ 3,5 bilhões. Um grupo de trabalho chegou a ser formado para analisar as propostas e deliberar sobre os investimentos.

    CONTRAPARTIDA

    Prefeitos de dois municípios da região do Vale do Paraíba ameaçam dificultar a realização da obra da Sabesp, caso não recebam contrapartida do governo Alckmin.

    Os prefeitos de Igaratá e Santa Isabel, onde as obras causarão mais impacto, querem garantias de que o turismo e o abastecimento não serão prejudicados e exigem R$ 24 milhões em investimentos, que poderão ser utilizados até para terminar uma creche.

    Do contrário, eles ameaçam não conceder a licença de uso e ocupação do solo à Sabesp. Sem ela, as obras podem ser embargadas.

    "A gente pode e vai atrasar [as obras] se os nossos pedidos não forem aceitos", disse o prefeito de Igaratá, Elzo de Souza (PR). "A obra vai correr bem, desde que a Sabesp atenda as reivindicações do nosso município", afirmou o prefeito de Santa Isabel, padre Gabriel Gonzaga Bina (PV).

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