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    Crise da água

    Parceria contra crise hídrica ocorre 'dentro das possibilidades', diz Dilma

    MARINA DIAS
    DE BRASÍLIA

    25/06/2015 13h28

    Diante da crise hídrica que acomete São Paulo, a presidente Dilma Rousseff e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) assinaram nesta quinta-feira (25) contrato de financiamento de R$ 830,5 milhões para a interligação das represas Jaguari e Atibainha.

    Dos R$ 830,5 milhões, R$ 747,45 milhões serão liberados pelo governo federal por meio de financiamento do BNDES, enquanto R$ 83,05 milhões serão de contrapartida da Sabesp, responsável por executar a obra. A operação de crédito tem prazo de 20 anos.

    "Estamos abertos, em situação de parceria sistemática. Temos sido parceiros dentro das nossas possibilidades, e continuaremos daqui para frente", disse Dilma em discurso durante a cerimônia que formalizou o financiamento.

    Editoria de Arte/Folhapress

    A interligação vai aumentar a oferta de água no sistema Cantareira, que sofre com a baixa nos últimos meses. O nível do reservatório nesta quinta, segundo a Sabesp, opera com 15,4% de sua capacidade. Segundo Dilma, a parceria com o tucano ocorre "dentro das possibilidades".

    A obra entrou no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em janeiro deste ano, de forma emergencial, mas os recursos serão liberados apenas este mês. A conclusão da obra está prevista para 2017.

    "Enfrentamos em 2014 a maior seca da história", disse Alckmin, destacando que esta é uma obra "estruturante" e não emergencial. O tucano, porém, reafirmou que "não vai haver rodízio" de água em São Paulo e que o governo "está preparado" para seca.

    Dilma, por sua vez, aproveitou o discurso do governador sobre crise hídrica para justificar o aumento das tarifas de energia após as eleições do ano passado.

    "A crise afetou não só a água em São Paulo, no Nordeste e em Minas Gerais, mas também o uso da energia térmica no Brasil, o que elevou o preço das tarifas de energia de forma bastante acentuada", disse a presidente.

    POPULAÇÃO CARCERÁRIA

    Após a audiência com a presidente e a cerimônia de assinatura do contrato, Alckmin fez uma defesa do sistema prisional de São Paulo e disse que o maior encarceramento de presos "diminui os índices de criminalidade".

    Números divulgados pelo Ministério da Justiça nesta quarta (23) mostram que São Paulo tem 36% da população carcerária do Brasil.

    "Retirar pessoas que cometem crime na rua... a prova esta aí. No mês de maio, tivemos uma queda de todos os índices de criminalidade no Estado", disse o tucano.

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