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    Antes da inauguração de ciclovia, bikers já fazem 'turismo' na Paulista

    ARTUR RODRIGUES
    DE SÃO PAULO

    27/06/2015 13h12

    Um dia antes da inauguração, enquanto funcionários da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) ainda terminavam de colocar a sinalização na nova ciclovia da Avenida Paulista, ciclistas da cidade já faziam "turismo" no local.

    O professor Claudenir Medeiros, 40, pediu para um outro ciclista fotografá-lo no novo cartão postal para os bikers da cidade. "Eu vim do Jardim São Paulo para conhecer. Achei a estrutura muito boa", disse.

    Em um passeio rápido, porém, ele disse já ter percebido que parte dos ciclistas terá de aprender a dar espaço aos pedestres que atravessam a ciclovia para cruzar a Paulista. "Muitos ciclistas também têm carro e, se não dão passagem quando estão no volante, também não fazem quando estão de bicicleta", afirmou.

    Artur Rodrigues/Folhapress
    Mesmo antes da inauguração, ciclistas já fazem turismo na ciclovia da Paulista Crédito é Artur Rodrigues
    Claudenir Medeiros pede para outro ciclista tirar foto dele na nova ciclovia

    Neste sábado, os ciclistas eram obrigados a sair da via em vários pontos ainda interditados para os retoques finais.

    Mesmo assim, o aposentado José Reis, 61, afirmou se sentir mais seguro ao pedalar separado de ônibus e automóveis durante a maioria do trajeto. "Se tivessem feito dez anos atrás, ia ter mais ciclista do que carro aqui", brincou ele. "Amanhã [domingo] estou de volta para a inauguração."

    TESTE

    A reportagem fez de bicicleta o trajeto da ciclovia, entre a rua da Consolação e a Praça Oswaldo Cruz.

    Apesar de a colocação da sinalização ainda não ter sido finalizada, já é possível notar que os materiais usados na Paulista são de qualidade superior às das ciclovias do resto da cidade. Em vez de pintada com tinta branca, por exemplo, a sinalização horizontal é feita de um material refletivo.

    Os cruzamentos, no entanto, podem ser perigosos. Como os semáforos usados são os mesmos que os dos carros, em vez dos aparelhos específicos para bicicletas, que são bem mais baixos, o ciclista tem de ficar mais atento para não furar o sinal.

    Um ponto que exigirá paciência dos ciclistas mais apressados é o compartilhamento da via com pedestres, cadeirantes e até skatistas. A ilha para as pessoas que aguardam no canteiro central para atravessar a Paulista geralmente não dá conta de tanta gente. Como a ciclovia também não é larga, em alguns casos, não dá para desviar. O jeito é parar a bicicleta e esperar, mesmo com o sinal verde para o ciclista.

    A sensação de segurança, porém, compensa eventuais obstáculos.

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