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    Usuários percorrem vários pontos para alugar bicicleta na av. Paulista

    GABRIELY ARAUJO
    DE SÃO PAULO

    28/06/2015 15h26

    Quem estava sem bicicleta na inauguração da ciclovia da avenida Paulista na tarde deste domingo (28) precisou procurar por alternativas para alugar uma magrela na região.

    Usuários do sistema Bike Sampa reclamaram de falhas no aplicativo em estações próximas à Paulista, por volta das 12h. "Retirei a bicicleta na estação 127, na região do Paraíso, tivemos que ligar para a central pois o sistema não estava funcionando", conta Laura Belitato, 28.

    "Essa é a segunda estação que eu tento retirar uma bike", afirma Camila Neves, 27. A usuária do Bike Sampa conseguiu retirar na estação da Augusta, sem problemas no aplicativo, por volta das 14h30. "Primeiro fui à da Haddock Lobo, havia somente uma bicicleta e liguei para a central pois não consegui destravá-la".

    Já quem retirou a bike em outros pontos da cidade não encontrou muitos problemas com o empréstimo. A produtora audiovisual Paula Gomes, 30, acompanhada da filha e do marido, retirou a bicicleta laranja na região de Perdizes, por volta das 11h. "Já estou há aproximadamente duas horas pedalando, não tive problemas para pegá-la."

    Outra alternativa usada por quem estava sem bike foi a retirada na estação do Movimento Conviva, no cruzamento com a Paulista com a Bela Cintra. A fila para o empréstimo estava bem concorrida durante toda a tarde.

    Os usuários precisavam entregar um documento com foto para utilizar a bike por uma hora. Menores de idade não puderam retirar a bicicleta sem um acompanhante.

    O físico Edinilson Oliveira foi à ciclovia com a família pela primeira vez, e optou pelo empréstimo do Conviva. "A fila não demorou muito, estamos pensando em vir mais vezes à Avenida pedalar agora que a ciclovia está pronta".

    De acordo com os responsáveis do controle, foram 469 empréstimos de bike fornecidos pela Conviva durante o horário de funcionamento da estação, das 9h às 15h.

    CICLOVIA NA AVENIDA PAULISTA

    Com 2,7 km, a ciclovia da avenida Paulista, na região central de São Paulo, se estende da praça Oswaldo Cruz (Paraíso) à Consolação. Com isso, a gestão Fernando Haddad (PT) atinge a marca de 334,9 km de vias exclusivas para bicicletas em toda a capital paulista.

    Na altura da rua Haddock Lobo, já no final da via, com o término do canteiro central, ela continua na faixa da esquerda até a rua da Consolação e segue à direita entre a Consolação e a avenida Angélica.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Se os ciclistas comemoram porque vão trafegar com mais conforto e segurança pelo tapete vermelho, há temor de que falte espaço para acomodar os mais de 1,5 milhão de pedestres que circulam diariamente pela avenida.

    A questão divide a opinião de especialistas em engenharia de tráfego. Alguns afirmam que o desenho da pista causa risco de o pedestre ser "espremido" no canteiro central da Paulista se houver trânsito intenso de bicicletas. Outros dizem que a programação dos semáforos da avenida dá ao pedestre tempo suficiente para atravessar e o espaço das "ilhas" criadas no canteiro central será suficiente para acomodar a todos.

    A inauguração da ciclovia é vista também como um teste para o projeto de fechar a via para automóveis todos os domingos.

    O plano, ainda em estudo, seria transformar o principal cartão postal de São Paulo numa espécie de praça a céu aberto, onde usuários de bicicletas, skates, patins e pedestres iriam se misturar aos artistas de rua que se apresentam por ali.

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