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    Decisão sobre fechar Minhocão e av. Paulista será tomada neste mês

    ARTUR RODRIGUES
    DE SÃO PAULO

    01/07/2015 12h51

    O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou nesta quarta (1º) que deve decidir ainda neste mês sobre a possibilidade de repetir todas as semanas o fechamento do Minhocão aos sábados e da avenida Paulista aos domingos.

    A declaração foi dada após divulgação de estudo técnico que avaliou que não houve impacto no trânsito com o fechamento do Minhocão, na Virada Cultural, e da Paulista, na inauguração da ciclovia.

    No último domingo (28), foram realizadas duas cronometragens nas rotas alternativas à Paulista. Da rua 13 de Maio à Consolação, por exemplo, o trajeto durou 31 minutos utilizando as ruas Cincinato Braga, São Carlos do Pinhal e Antônio Carlos.

    Adriano Vizoni/Folhapress
    Movimentação de ciclistas e pedestres durante fechamento da avenida Paulista no último domingo
    Movimentação de ciclistas e pedestres durante fechamento da avenida Paulista no último domingo

    No próximo sábado (4) será feito novo teste no Minhocão, com fechamento às 15h.

    Haddad citou ainda a possibilidade de adotar espaços de lazer similares em outros bairros. "Foi uma proposta que surgiu [no Conselho da Cidade]: consultar os bairros para não ficar restrito ao centro", disse Haddad.

    O prefeito pretende ouvir os subprefeitos para escolher os locais a serem fechados para carros, no modelo das antigas ruas de lazer. "Isso já houve em São Paulo, mas foi se perdendo essa visão comunitária", disse Haddad.

    A recepção à ideia do fechamento das ruas foi positiva entre os conselheiros, em reunião nesta quarta.

    No encontro, o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, mostrou um estudo da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) que constatou baixo impacto nas vias alternativas à Paulista e ao Minhocão. O estudo foi feito por meio de cronometragens e fotos aéreas.

    "O paulistano está acostumado ao fechamento da Paulista no horário de pico", disse Tatto, referindo-se aos vários protestos na via.

    O secretário afirmou que, para acomodar as linhas de ônibus que passam pela Paulista, pode ser proibido o estacionamento nas paralelas (alameda Santos e São Carlos do Pinhal), criando um corredor aos domingos.

    O acesso de moradores, hóspedes de hotéis e ambulâncias seria autorizado.

    Tatto também apresentou estatísticas mostrando o aumento de ciclista na Paulista após a inauguração da ciclovia. À tarde, o número passou de 169 para 614. De manhã, de 85 para 349.

    Ainda não há previsão sobre quando haverá um novo fechamento da Paulista.

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