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    Munira Curi Samara (1925-2015)

    Mortes: Cozinheira de pratos árabes dedicada à família

    PEDRO IVO TOMÉ
    DE SÃO PAULO

    07/07/2015 00h00

    Quando Munira Curi Samara e sua irmã mais nova, Laila, eram adolescentes, aproveitavam as noites tranquilas na região da rua Bela Cintra, centro de SP, onde moravam, para caminhar após o jantar.

    Numa dessas voltas, um rapaz parou o carro ao lado delas, saiu do veículo e engatou conversa com Munira, por quem se interessou. "Muito baixinho", confidenciou ela à irmã depois do episódio.

    Uma semana depois, a educação de Kalim e a origem libanesa em comum a fizeram reconsiderar, e o relacionamento culminou no matrimônio quando ela tinha 18 anos.

    Nascida em São Paulo, era filha de imigrantes do Líbano. Na infância, chegou a morar em Beirute por seis anos, pois o pai procurava tratamento para um mal nos rins.

    De volta a SP, Munira teve dificuldades para acompanhar as aulas em português no Ginásio Oriental, onde concluiu o ensino médio, mas se tornou uma excelente aluna após dominar o idioma.

    Chegou a estudar técnica laboratorial, mas interrompeu o curso depois de se casar, cuidando de quatro filhos. Perdeu o marido quando tinha 29 anos, e não quis mais namorar desde então.

    Dedicava-se à família, que se regalava com os quitutes árabes feitos por Munira, e sempre acompanhava a irmã, cantora, nos bastidores dos programas de televisão.

    Apesar de ter perdido boa parte da visão devido à idade, fazia academia três vezes por semana no Clube Monte Líbano (zona sul de SP).

    Morreu na madrugada do dia 30, após sofrer um AVC em casa, aos 89 anos. Deixa quatro filhos, nove netos, uma bisneta e a irmã.

    coluna.obituario@uol.com.br

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    Antônio Carlos Amat Costa - Aos 85. Deixa esposa, filhos e netos. Cemitério da Paz.

    Neide Colombini Lagoa - Aos 73. Casada, deixa o marido, José Luiz Lagoa, três filhos, dois netos. Cemitério de Congonhas.

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