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    Empresas terão que bancar wi-fi dentro de ônibus em São Paulo

    GIBA BERGAMIM JR.
    DE SÃO PAULO

    10/07/2015 02h00

    As empresas de ônibus que ganharem a nova licitação dos transportes em São Paulo terão que investir R$ 22 milhões para implementação de sistema internet sem fio (wi-fi) dentro dos veículos.

    Esse valor faz parte de um total de R$ 800,5 milhões que as viações terão que gastar para implementar uma central de controle de operações.

    A informação consta do edital de licitação do novo sistema de transportes, publicado nesta quinta (9). As empresas terão 30 dias para enviar sugestões à prefeitura antes da abertura da licitação.

    Com o novo sistema de transporte, a prefeitura pretende reduzir o número de miniônibus (41 passageiros) e aumentar em dez vezes os chamados superarticulados (171 passageiros).

    Editoria de arte/Folhapress

    A central de controle de operações deverá monitorar as partidas de cada ônibus por meio dos GPSs dos veículos para aferir os intervalos entre as partidas.

    O prefeito Fernando Haddad (PT) quer terminar a concorrência para definir as empresas, que atuarão na cidade por 20 anos, até dezembro.

    A prefeitura já tem desde o ano passado pelo menos cem ônibus com wi-fi.

    O projeto experimental deverá ser ampliado com a nova licitação, com a meta de chegar a 2.500 veículos –de uma frota total de 15 mil– com o benefício até 2017.

    O edital não deixa claro se, depois desse prazo, outros veículos também terão wi-fi.

    A nova concorrência mostra que a prefeitura mudou as exigências de investimentos para as empresas na comparação com o atual contrato, vigente desde 2004.

    À época, a principal obrigação era a construção de terminais de ônibus, cuja operação teria que ser bancada pelas viações. A ideia se mostrou inviável, o investimento não aconteceu dentro do previsto, e só metade dos 30 prometidos foi entregue -com dinheiro da prefeitura.

    Segundo o novo edital, além de investimentos na renovação da frota, as empresas terão que priorizar a renovação de tecnologia.

    A prefeitura quer um modelo em que seja possível colocar créditos do bilhete na própria catraca –hoje isso só ocorre em terminais, estações de metrô e postos da SPTrans.
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    O wi-fi será instalado nos novos validadores do bilhete. Apesar do gasto, as viações poderão lucrar com a medida. Isso porque 15% da receita com publicidade de internet nos ônibus serão destinados à SPTrans (empresa que gerencia o transporte na cidade), que repassará dois terços disso às empresas.

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