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    Supermercados em SP voltam a cobrar por sacolas de plástico renováveis

    GABRIELY ARAUJO
    DE SÃO PAULO

    11/07/2015 17h25

    Parte do comércio vai voltar a cobrar pelas sacolinhas renováveis a partir desta segunda-feira (13) em São Paulo.

    Em vigor há dois meses, acordo entre a Apas (Associação Paulista de Supermercados) e o Procon estabelecia que duas sacolas plásticas fossem oferecidas para o consumidor até a última sexta (10) nos supermercados vinculados à entidade.

    Com o fim da gratuidade, caberá aos comerciantes decidir pela cobrança ou não. A rede Carrefour voltará a cobrar R$ 0,08 por recipiente de cada consumidor. O mesmo preço será praticado nos supermercados das redes Extra e Pão de Açúcar.

    Desde maio, por determinação da Prefeitura de São Paulo, o comércio está proibido de disponibilizar sacolinhas brancas de plástico. O novo modelo, de material renovável, é oferecido em duas cores diferentes: verde, que deve ser usada para jogar no lixo resíduos secos, e cinza, para os orgânicos.

    A prefeitura entrou com ação pedindo uma decisão liminar (provisória) para impedir a cobrança pelas sacolas plásticas. A Justiça, porém, negou a solicitação na terça-feira (7), dizendo que a prática não é irregular e que o preço não é excessivo.

    Davi Ribeiro/Folhapress
    Modelo de sacolinhas determinado pela Prefeitura de SP
    Modelo de sacolinhas determinado pela Prefeitura de São Paulo

    A gestão Fernando Haddad (PT) disse, em nota, que a decisão de cobrar ou não pelas sacolas plásticas está relacionada à consciência ambiental de cada empresa. Afirmou ainda que a iniciativa tem o objetivo de favorecer separação do lixo entre material reciclável ou orgânico.

    Já a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) se manifestou contra qualquer acordo sobre as sacolas plásticas.

    A entidade diz que, além de não ser do conhecimento do consumidor qual estabelecimento é ou não associado à Apas, o acordo fere os princípios da livre iniciativa e da livre concorrência.

    Outros pontos do protocolo assinado, como o desconto cumulativo de R$ 0,03 a cada cinco produtos adquiridos pelo consumidor, ou a cada compra no valor de R$ 30, também acumulativo, ainda permanecem em vigor até novembro.

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    SAIBA MAIS: SACOLINHAS

    Os comércios podem cobrar pelas sacolinhas?
    Sim. E o valor fica a critério do comerciante.

    E por que não estavam cobrando?
    Um acordo entre a Apas (Associação Paulista de Supermercados) e a prefeitura, em vigor há dois meses, estabeleceu que as lojas deveriam ceder duas sacolinhas de graça por compra. Esse acordo expirou na última sexta (10).

    O que eu posso jogar em cada sacola?
    Nas verdes, vão os materiais recicláveis, como embalagens de papel, plástico e vidro. Nas cinzas, vão os resíduos orgânicos, como restos de comida, fraldas, folhagem.

    O que acontece com quem não cumprir a nova lei?
    Para o lojista, multa de R$ 500 a R$ 2 milhões, por não oferecer os novos modelos.

    Para o consumidor que errar a cor da sacolinha, advertência e multa, em caso de reincidência, de R$ 50 a R$ 500.

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