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    Crise da água

    Com tempo seco, nível do Cantareira volta a recuar após ficar 2 dias estável

    DE SÃO PAULO

    14/07/2015 10h03

    Com a falta de chuva na região da cabeceira do Cantareira e com o tempo seco dos últimos dias, o sistema voltou a ter recuo em seu armazenamento de água após permanecer estável por dois dias.

    Até então, o sistema que é o maior da Grande São Paulo e em situação mais crítica, havia registrado queda após permanecer quatro dias estável, considerando o mês de julho.

    De acordo com balanço da Sabesp divulgado nesta terça-feira (14), o Cantareira recuou 0,1 ponto percentual e opera com 15% de capacidade. Nos primeiros 14 dias de julho, o manancial acumula 21,9 mm de água –o valor não corresponde nem a metade do volume esperado para todo o mês (50 mm).

    Editoria de Arte/Folhapress

    O Cantareira abastece 5,3 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulista –eram cerca de 9 milhões antes da crise da água. Essa diferença passou a ser atendida por outros sistemas.

    O meteorologista do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura, Thomaz Garcia alerta que a tendência é que o Cantareira e os demais sistemas que abastecem a região metropolitana de São Paulo também tenham redução em seu armazenamento de água. Segundo Garcia, não há previsão de chuva nos próximos dias, apenas a partir do dia 25 de julho é que pode chover de forma mais significativa.

    Os demais sistemas que abastecem a Grande SP também recuaram, com exceção do sistema Guarapiranga que se manteve estável. O Guarapiranga e Alto de Cotia são os únicos reservatórios que já conseguiram ultrapassar o volume esperado para todo o mês de julho. O Guarapiranga já acumula 64,6 mm de água, 53,45% a mais do esperado (42,1 mm). Já Alto de Cotia acumula 64 mm –19,85% a mais do volume esperado (53,4 mm).

    MEDIÇÃO DO CANTAREIRA

    O percentual usado na medição do sistema Canteira tem como base a quantidade de água naquele dia e a capacidade total do reservatório, de 1,3 trilhão de litros e que inclui o volume útil (acima dos níveis de captação) e as duas cotas do volume morto (reserva do fundo das represas, captadas com o auxílio de bombas).

    Até então, o índice considerava o volume morto apenas na quantidade disponível, e não na capacidade total –sem ele, o sistema tem capacidade de 1 trilhão de litros de água. Essa é uma das três metodologias que a Sabesp usa atualmente para divulgar o volume do reservatório.

    OUTROS RESERVATÓRIOS

    A represa Guarapiranga, que fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, opera com 78,6% de sua capacidade –mesmo índice registrado na medição anterior.

    O nível do sistema Alto Tietê, que abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo, recuou 0,1 ponto percentual e opera com 20% de sua capacidade.

    No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto , que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).

    O reservatório Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, opera com 66% de sua capacidade após recuar 0,2 ponto percentual em relação ao índice anterior. Já o nível de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, recuou 0,3 ponto percentual e opera com 73,5%.

    O nível do sistema Rio Grande, que atende a 1,5 milhão de pessoas, recuou 0,2 ponto percentual em relação a medição anterior e opera com 92,2% de capacidade.

    A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.

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