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    Família fica quatro horas no topo de árvores após chuva em SC; veja vídeo

    RAFAELA MENIN
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM CHAPECÓ

    15/07/2015 13h03

    Uma adolescente, uma mulher e três homens precisaram ficar quatro horas de topo de árvores esperando por resgate de helicóptero depois que a casa onde moravam em Saudades, no interior de Santa Catarina, foi levada pela enchente.

    Fortes chuvas atingem o Sul do país desde segunda-feira (13), com saldo de três mortos e 79 feridos em Santa Catarina e Paraná.

    As imagens foram gravadas pela equipe de salvamento da Polícia Civil por volta das 11h da terça-feira.

    Quatro horas antes, a casa havia sido levada pela enxurrada.

    Veja vídeo

    A única saída dos cinco moradores, da mesma família, incluindo uma adolescente de 13 anos, foi se abrigar no topo de árvores à espera do socorro.

    As equipes do Corpo de Bombeiros dos municípios próximos tentaram o resgate por terra e com a ajuda de botes, mas não conseguiam acesso ao local onde os cinco estavam.

    A solução foi acionar o helicóptero do Serviço Aeropolicial de Fronteira da Polícia Civil (Saer-Fron) por volta das 8h30, mas, devido ao mau tempo, a aeronave só conseguiu decolar mais de duas horas depois da base em Chapecó, a 70 quilômetros de Saudades.

    "Conseguimos decolar por volta das 10h40, somente quando o tempo abriu. Fizemos o resgate que durou em torno de 30 minutos", conta o delegado Ricardo Casagrande, que deu auxílio por terra à aeronave. "Foi uma brecha no mau tempo, porque logo em seguida já precisamos pousar a aeronave em um local próximo, pois não havia mais condições de voo".

    O RESGATE

    Pelas imagens gravadas pela equipe, divulgadas na noite desta quarta-feira (15), o helicóptero usou os primeiros minutos para fazer o reconhecimento da área e estudar a melhor maneira de salvamento.

    Para garantir a segurança das vítimas e da tripulação, as vítimas precisaram descer de cima das árvores.

    Os pilotos Alexandre Kaida e Marco Aurélio Severino aproximaram então o helicóptero a um metro da água. O tripulante Cleber Fossá puxava as pessoas uma a uma, primeiro a criança, depois a mulher e por último os três homens.

    "Cada um deles era levado a um terreno próximo, onde estavam familiares e amigos e também onde eu e o tripulante [Thomáz] Borges prestávamos apoio", conta Casagrande. Em um dos vídeos é possível ver que um dos homens agradece a equipe, com um aperto de mão, um "obrigado" e um sorriso no rosto.

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