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    Marginais reduzem limite e terão 18 radares para fiscalizar nova velocidade

    FELIPE GUTIERREZ
    DE SÃO PAULO

    20/07/2015 02h00

    Marlene Bergamo/Folhapress
    Placas mostram novos limites de velocidade na pista expressa da marginal Tietê
    Placas mostram novos limites de velocidade na pista expressa da marginal Tietê

    A redução dos limites de velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros passará a valer nesta segunda-feira (20) e será fiscalizada por 18 radares fixos existentes nessas vias.

    Nas pistas expressas das marginais, a máxima permitida passa de 90 km/h para 70 km/h; na central, de 70 km/h para 60 km/h; na local, de 70 km/h para 50 km/h.

    Neste domingo (19) era possível perceber que a maioria dos carros trafegava de acordo com a nova margem –porque as placas de sinalização já estavam implantadas.

    Na marginal Tietê há um radar a cada 2,4 km para fiscalizar excesso de velocidade. Na marginal Pinheiros, um radar a cada 2,75 km.

    As multas por excesso de velocidade no país podem variar de R$ 85,13 a R$ 574,62, dependendo de quanto os limites foram ultrapassados.

    Com a mudança, atravessar cada uma das marginais de ponta a ponta pela pista expressa deve levar quatro minutos a mais –respeitando os limites permitidos.

    A gestão Fernando Haddad (PT) implantou a redução da velocidade com a justificativa de reduzir acidentes. Em 2014, houve 73 mortes e 1.400 feridos nas duas marginais.

    O engenheiro Wagner Colombini, da consultoria Logit, diz que uma das explicações é que os motoristas "colam" no carro da frente.

    "A gente troca o risco de andar perto do veículo da frente por mais velocidade", diz Colombini, que deu aula na USP por dez anos e fazia contagem de carros nas marginais.

    Segundo ele, a redução força o motorista a ficar em velocidade que permite frear a tempo de evitar um acidente.

    Para Alessandro Rúbio, da Sociedade dos Engenheiros de Mobilidade, nos acidentes graves, "os motoristas já estão acima do máximo permitido".

    A CET diz que "a meta é reduzir o número alarmante" de vítimas, especialmente dos mais vulneráveis: motociclistas, pedestres e ciclistas.

    Nos horários de pico, a velocidade média dos carros nas duas marginais no sentido de maior movimento já é inferior a 25 km/h. Mas pela manhã, no contrafluxo, relatório da CET mostra que eles andam a 52,5 km/h.

    Editoria de Arte/Folhapress

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