• Cotidiano

    Monday, 06-May-2024 00:08:27 -03

    Simulador de direção volta a ser obrigatório para tirar CNH

    DE SÃO PAULO

    20/07/2015 21h48

    O simulador de direção –máquina que imita um automóvel com um percurso virtual– voltou a ser obrigatório para os candidatos que forem tirar carteira de habilitação em todo o país.

    Nova resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), publicada nesta segunda-feira (20), determina que os futuros motoristas terão que fazer no mínimo cinco horas de aulas práticas nos aparelhos.

    A regra também vale para quem deseja mudar de categoria, mas inicialmente será obrigatório apenas as simulações virtuais de carros de passeio (categoria B).

    Zanone Fraissat/Folhapress
    Estudante faz teste com simulador; Câmara rejeita exigência do equipamento em autoescolas
    Candidata à carteira de habilitação faz teste com simulador de direção em autoescola da Grande SP

    Numa segunda etapa, ainda sem data definida, será exigido o uso do simulador para quem dirigir veículos comerciais, caminhão, ônibus e motos.

    Segundo o Ministério das Cidades, que controla o Contran, "o pedido da volta da obrigatoriedade partiu dos Detrans de todo o país". A regra deverá ser implantada até o dia 31 de dezembro.

    Os simuladores chegaram a ser obrigatórios no início do ano passado. Após reclamação das autoescolas, que questionavam, entre outras coisas, o valor dos aparelhos, o Contran voltou atrás e tornou o uso facultativo a cada Estado.

    Atualmente, segundo o ministério, apenas quatro Estados (Rio Grande do Sul, Acre, Paraíba e Alagoas) exigem os simuladores de forma obrigatória.

    Segundo o diretor do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) e presidente do Contran, Alberto Angerami, a decisão foi tomada pensando na segurança do trânsito.

    "Já tivemos bons resultados nos Estados que aplicaram a medida, principalmente no Rio Grande do Sul, onde foi registrada redução do número de acidentes após a obrigatoriedade do simulador", afirmou.

    HISTÓRICO

    O Contran decidiu adotar os simuladores em 2010, motivado por um pacto na ONU para redução nas mortes em acidentes de trânsito. Mas foi adiando o prazo até desistir da ideia em junho de 2014.

    Os defensores dos aparelhos dizem que é positivo que condutores aprendam a enfrentar situações complexas, como dirigir com aquaplanagem, antes de iniciar as aulas na rua.

    Os críticos, porém, dizem que os modelos disponíveis no mercado são caros e que a obrigatoriedade dificulta o acesso à habilitação, pois as autoescolas repassam os custos aos candidatos.

    Parte dos usuários também relata sentir náuseas no aparelho e alguns especialistas questionam sua eficácia pedagógica.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024