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    Segurança é item pior avaliado por crianças e adolescentes em São Paulo

    ADRIANO QUEIROZ
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    23/07/2015 19h29

    Caso a cidade de São Paulo recebesse um boletim escolar feito pelas crianças e adolescentes que vivem nela, a nota mais baixa seria dada à "segurança e proteção": 5,1 em uma escala de 1 a 10.

    Essa foi a média das notas que jovens, entre 10 e 17 anos, deram ao quesito na capital, segundo a pesquisa Irbem (Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município).

    O estudo foi realizado entre os dias 13 e 30 de junho pela organização Rede Nossa São Paulo, em parceria com o Ibope Inteligência e com os institutos Alana e C&A. A margem de erro é de três pontos percentuais.

    O item melhor avaliado, por outro lado, foi o acesso à internet, que recebeu 7,9 dos habitantes da capital paulista nessa faixa etária.

    Educação (7,3), relações humanas (7,1) e moradia (6,8) também ganharam boas avaliações.

    Além da segurança, foi mal avaliada a questão ambiental (5,3), a estética da cidade (5,3) e a mobilidade urbana (5,8).

    Foram ouvidas 805 crianças e adolescentes de todas as regiões paulistanas.

    MEDOS

    No que se refere aos motivos pelos quais a segurança na cidade é mal avaliada, os jovens que participaram da pesquisa também apontaram quais pontos lhes trazem maior sensação de medo.

    Os assaltos e roubos aparecem no topo da lista. Cerca de 61% das crianças e adolescentes de São Paulo temem sofrer esse tipo de violência. O tráfico de drogas assusta 33% dos jovens.

    A polícia também aparece como fonte de temor de 20% dos entrevistados. Além disso, a pesquisa revela ainda que o modo como as pessoas são tratadas pelos policiais recebeu nota 4,3.

    Por outro lado, a escola aparece como o local onde crianças e adolescentes se sentem mais seguros. A segurança nesse ambientes recebeu nota 6,3.

    Editoria de Arte/Folhapress

    ATIVIDADES

    O levantamento também apurou quais são as principais atividades praticadas quando meninos e meninas não estão na escola.

    Segundo a pesquisa, 90% dos jovens declararam usar a internet. Os smartphones e aparelhos celulares, de um modo geral, são o meio de acesso mais utilizado, sendo indicado por 76% deles.

    Fora do mundo virtual, as duas atividades mais citadas pelas crianças e adolescentes foram praticar futebol (20%) e assistir televisão ou DVD (20%).

    Nesses quesitos, contudo, a pesquisa encontrou diferenças significativas entre meninos e meninas. Enquanto 38% deles relatou jogar bola, apenas 1% das garotas disse fazer o mesmo.

    Já quando perguntados sobre ajuda nas tarefas domésticas, a situação quase se inverte. Apenas 6% dos meninos afirmaram ajudar nessas atividades, contra 29% das meninas, a atividade mais praticada por elas.

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