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    Roubos e furtos caem no 1° semestre, mas assaltos a bancos crescem em SP

    DE SÃO PAULO

    27/07/2015 13h39

    Em meio à queda dos principais indicadores criminais, os assaltos a bancos cresceram neste ano no Estado de São Paulo e na capital paulista, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (27) pela Secretaria da Segurança Pública.

    No primeiro semestre, os casos de roubo a banco tiveram aumento de 2% no Estado (de 89 para 91) e de 23% na capital paulista (de 38 para 47), na comparação com o mesmo período do ano passado. Considerando apenas o mês de junho, houve aumento de dois casos no Estado (de 11 para 13) e de um caso na capital (de 6 para 7).

    O secretário Alexandre de Moraes minimizou o aumento. "É uma variação muito baixa. Está dentro da margem de erro, vamos dizer assim. O aumento ocorreu em relação aos meses de março e abril, essa tendência vem caindo em maio e junho", afirmou.

    Segundo o secretário, após a prisão de quadrilhas especializadas em roubar caixas eletrônicos com explosivos, no início do ano, criminosos mudaram de tática. "O que indica é que houve uma migração em março e abril, já estancado esse problema em maio e junho."

    Moraes destacou a queda nos homicídios e roubo de cargas, cuja divulgação foi antecipada na semana passada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), em pré-campanha para a disputa presidencial de 2018.

    Todos os meses, e de uma só vez, a secretaria divulga os dados de todos os indicadores. Desta vez, porém, o governador antecipou o anúncio dos números positivos destes dois tipos de crime.

    No sábado (25), Alckmin negou ter antecipado dados favoráveis e disse que é "tudo transparente".

    Editoria de Arte/Folhapress

    ROUBOS E FURTOS

    Os casos de roubos e furtos em geral também caíram neste ano. As ocorrências de roubo tiveram queda de 6% no Estado e de 7% na capital paulista no primeiro semestre. Considerando apenas o mês de junho, o recuo foi de 6% no Estado e de 10% na capital na comparação com junho de 2014.

    No semestre, os furtos caíram 8% no Estado e 11% na capital. Em junho, a queda foi de 2% no Estado e 12% na capital.

    A redução no número de casos também ocorreu nos roubos e furtos de veículos. No semestre, o recuo no indicador de roubos foi de 26% No Estado –o que significa 13,8 mil ocorrências a menos– e de 28% na cidade de São Paulo. Em relação aos furtos, a queda foi de 11% no Estado e 12% na capital.

    Segundo Moraes, a queda dos indicadores é resultado do aumento da produtividade dos policiais. O número de prisões efetuadas nos primeiros seis meses do ano foi o maior da série histórica, iniciada em 2001 –88,9 mil detenções, um aumento de 9% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

    Também cresceram os flagrantes de tráfico de drogas. Apenas em junho foram registrados 4.002 casos, um aumento de 15% em relação ao mesmo mês de 2014 e o maior número da série histórica.

    De acordo com o secretário, até julho foi apreendida uma quantidade de entorpecentes três vezes maior do que a de todo o ano passado.

    Questionado sobre a redução do efetivo policial no Estado, Moraes disse que já foi autorizado a fazer novas contratações "para que, até dezembro do ano que vem, estejam completos os efetivos da Polícia Militar e da Polícia Civil".

    Reportagem da Folha apontou que, em 2014, o número de vagas não preenchidas nas duas polícias bateu recordes: subiu de 6,3 mil para 7,6 mil na PM –maior número desde 2001– e de 10,5 mil para 13,2 mil na Civil –maior patamar em 20 anos.

    LATROCÍNIO E ESTUPRO

    Os latrocínios –roubo seguido de morte– tiveram leve aumento no Estado em junho (de 27 para 29 casos), mas, no acumulado do semestre, caíram 12% (de 201 para 177) em relação ao ano passado. Na capital, o indicador recuou tanto junho (de 12 para 5 casos) quanto no semestre, com redução de 24% (de 76 para 58 casos).

    Os casos de estupro caíram tanto em junho quanto no semestre. As quedas foram de 12% no Estado (de 5.123 para 4.532) e 15% na capital (de 1.213 para 1.034) nos primeiros seis meses do ano, o que, segundo Moraes, representam os menores números desde 2009, quando foi alterada a lei que classifica o crime.

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