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    82% gostariam de trocar carro por bicicleta ou caminhada, diz pesquisa

    EDUARDO GERAQUE
    DE SÃO PAULO

    25/08/2015 19h15

    Morar a 20 minutos a pé ou de bicicleta do trabalho e de um parque, para as horas de lazer. Este é um sonho de muitas pessoas que vivem nas principais capitais do país, de acordo com uma pesquisa sobre mobilidade urbana que será apresentada nesta quarta-feira (26) em São Paulo.

    Das mil pessoas que responderam ao questionário, 82% disseram preferir viver em uma cidade compacta, onde o uso do carro seria praticamente desnecessário. As entrevistas foram realizadas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Salvador.

    Entre as cidades avaliadas, o Rio de Janeiro, hoje, é o local que mais se aproxima de uma cidade compacta, revelam os dados do trabalho.

    Segundo a pesquisa, 24% dos cariocas disseram usar o carro para a maioria dos seus deslocamentos cotidianos, contra 40% dos paulistanos, por exemplo.

    Outro dado que chama atenção, segundo José Mello, Superintendente de Pesquisa e Inovação da Liberty Seguros, empresa que está repetindo pelo segundo ano a enquete, é que 52% dos entrevistados abririam mão de até 20% do salário por mais flexibilidade. Ou seja, se eles pudessem trocar o atual emprego por um até 20 minutos a pé da casa deles.

    O comércio de rua, indicam os resultados, também está em alta na preferência popular. Na cidade ideal, 55% das pessoas optariam por fazer compras em lojas e mercearias dentro do bairro. "Para as pessoas, os shoppings e grandes centros comerciais estão mais atrelados ao lazer", diz Mello.

    Apesar da pesquisa mostrar também que 81% dos entrevistados preferem se divertir em locais públicos e ao ar livre. Em vez dos pagos e fechados, como os shoppings.

    Enquanto os moradores de Salvador são os mais propensos a compartilhar bens, os que vivem em São Paulo são os menos dispostos a fazer o exercício do compartilhamento, segundo a pesquisa.

    "Na capital da Bahia as pessoas trabalham muito remotamente, de uma forma autônoma. Talvez isso explique esses números", diz Mello. De acordo com o executivo, em São Paulo, a questão da segurança, por exemplo, pode explicar mais ações individualistas por parte dos habitantes da cidade.

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