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    Com rojões e balões, taxistas travam centro de SP por projeto contra Uber

    GIBA BERGAMIM JR.
    DE SÃO PAULO

    09/09/2015 15h32

    Centenas de táxis bloqueiam as duas faixas do viaduto Jacareí, em São Paulo, para pressionar a votação na Câmara do projeto que barra aplicativos de transporte particular como o Uber.

    Com um carro de som com as inscrições "carreata da vitória", os taxistas dizem que só sairão do local após a aprovação do texto.

    O trânsito está travado na região central.

    Entre os manifestantes estão taxistas autônomos, de associações e frotas. Até taxistas de outras cidades, como a Guarucoop participam do protesto.

    O trânsito está totalmente bloqueado a partir da rua Xavier de Toledo. Balões infláveis com as inscrições "Fora, Uber" foram instalados no portão da Câmara, cuja entrada principal foi fechada.

    Pelo menos dois carros de som foram levados pelos taxistas.

    A sessão começou às 15h e o projeto deve entrar em votação.

    Além de discursar nos carros aos gritos de "fora, clandestinos", os taxistas soltam rojões o tempo todo.

    O único voto contrário ao projeto até o momento é do vereador José Police Beto (PSD), que no último mês organizou audiências para discutir meios de regulamentar o Uber.

    BANNER IRREGULAR

    O projeto que já foi aprovado em primeira votação é de Adilson Amadeu (PTB), que é despachante e conta com votos da categoria.

    Um banner com a foto de Amadeu, que é o autor do projeto que barra o Uber em São Paulo, foi colocado na fachada de um prédio em frente à Câmara, desrespeitando a Lei Cidade Limpa.

    Amadeu monopolizou a atenção dos taxistas, que usam camisas contra o Uber e pela aprovação do texto. Em quase todas as camisetas há a letra A, de Adilson. "Não autorizei o cartaz e pedi para tirar", disse.

    O vereador Adilson Amadeu (PTB) disse que o projeto dele tem que ser votado. "Tem uma palavra do Executivo para aprovar o meu projeto. Essa empresa é anarquista da tecnologia. Eles entraram em mais de cem países ilegalmente", disse Adilson Amadeu (PTB).

    Para ele, a Uber da evasão de divisas, pois é uma empresa internacional que lucra no Brasil.

    "Clandestino não pode atuar aqui", disse.

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