Uma jovem de 18 anos morreu após ser atropelada no acostamento da marginal Pinheiros, na madrugada de domingo (27). Luciellen da Silva não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
O motorista, o técnico em engenharia civil Phelipe de Souza Frauches, 25, foi preso em flagrante. O acidente aconteceu próximo ao parque Burle Marx, no Morumbi (zona oeste de São Paulo), no sentido Interlagos.
O namorado da vítima, o manobrista Kauê de Assis, 19, afirma que os dois voltavam para casa, por volta das 5h40 de domingo, quando a motocicleta que ele dirigia apresentou um problema elétrico. Os dois desceram no acostamento, e ele começou a empurrar a moto. Luciellen andava ao lado esquerdo do namorado quando foi atingida. No momento da batida, o corpo da jovem foi arremessado a uma distância de 40 metros, contou o namorado à polícia.
Segundo o boletim de ocorrência registrado no 89º DP (Morumbi), os PMs que atenderam a ocorrência notaram que o motorista apresentava sinais de embriaguez. Duas garrafas de vodca e uma de uísque foram encontradas no porta-malas do carro.
Ele fez o teste do bafômetro, que indicou 0,25 miligrama de álcool por litro de ar, indicando que dirigia embriagado. Até 0,05 mg/L o motorista responde por infração gravíssima. Acima disso, o acidente é caracterizado como crime de trânsito.
No local do acidente havia uma marca de frenagem de oito metros, que indicaria que o motorista estava em alta velocidade quando atropelou a vítima.
O motorista foi preso em flagrante e deve responder por homicídio doloso qualificado. "Ao dirigir bêbado ele assumiu o risco de causar o acidente", explicou o delegado, Antônio Sucupira Neto.
COCHILO
O motorista Phelipe de Souza Frauches admitiu, em depoimento à polícia, que havia bebido antes de dirigir, mas negou que estivesse acima do limite de velocidade permitido no momento do acidente.
Ainda segundo o motorista, ele teria cochilado ao volante e acordou com o impacto da pancada que atingiu e matou Luciellen. A reportagem não conseguiu entrar em contato com a advogada do motorista.
A Polícia Civil fará uma perícia técnica para determinar se ele estava ou não em alta velocidade no momento da batida.