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    Polícia de SP descarta achar mais corpos em casa de 'serial killer'

    RAFAEL RIBEIRO
    DO 'AGORA'

    01/10/2015 02h00

    Polícia, bombeiros e funcionários da prefeitura fizeram nesta quarta-feira (30) limpeza e perícia na casa abandonada na favela Alba, no Jabaquara (zona sul), onde o pintor Jorge Luiz Morais de Oliveira, 41, que anteontem confessou seis assassinatos, usava cocaína e crack com outros viciados.

    Apesar da confissão, ele é acusado pela polícia de sete mortes, pois na casa dele foram encontrados cinco corpos e duas ossadas.

    A polícia vasculhou ainda uma casa apontada por testemunhas como um dos locais em que o acusado trabalhou. Moradores disseram ter visto Oliveira pulando o muro do local após sua antiga patroa se mudar.

    Nos dois imóveis não foram encontrados corpos ou restos mortais. Em ambos havia roupas na casa da antiga patroa, eram de mulheres, mas sem manchas de sangue. No imóvel usado por drogados, que tem um quintal, havia ainda documentos de prováveis vítimas de roubo. A casa foi demolida. Tudo foi para a perícia.

    Segundo a delegada Nilze Scapulatiello, do 35º DP (Jabaquara), os trabalhos na casa de Oliveira estão próximos do fim e não há expectativa de se encontrar mais corpos no local. A prioridade agora, diz, é identificar os corpos. "Estamos pedindo que familiares de desaparecidos da região venham aqui identificar as roupas", disse.

    Ontem, a polícia começou a colher o DNA dos parentes das possíveis vítimas. Até agora somente uma foi reconhecida, o jovem Carlos Neto Alves de Matos Júnior, 19 anos, assassinado no último dia 23 e que teve o corpo descoberto no sábado na casa do pintor.

    MAIS VÍTIMAS

    A polícia não descarta que mais vítimas estejam enterradas em outros lugares. Também investiga se as mortes foram encomendadas por traficantes ou se Oliveira teve ajuda nos crimes. A polícia vê com desconfiança a versão do pintor, que disse ter matado as vítimas com medo de ser entregue a uma facção, pelo fato de usar drogas com elas.

    A vida criminal do pintor Jorge de Oliveira começou no dia 26 de fevereiro de 1994, quando, já morando da favela Alba, matou a tiros um rival após uma discussão por conta do pagamento e recebimento de drogas.

    Ele fugiu. Em 13 de maio de 1995, outra acusação de homicídio envolvendo venda de drogas. Foi preso e, em julho de 1996, condenado a 18 anos de prisão.

    Como participou de confusões por presídios por onde passou, acabou cumprindo, no total, 19 anos de pena. Foi libertado em fevereiro de 2014.

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