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    Para Haddad, radares-pistola vão suprir deficiência na fiscalização de motos

    THIAGO AMÂNCIO
    DE SÃO PAULO

    01/10/2015 17h23

    O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quinta-feira (1°) que o número reduzido de multas para motociclistas na capital do Estado ocorre pela dificuldade de fiscalização desses veículos. Segundo ele, a adoção de radares do tipo pistola vão ajudar a suprir essa deficiência.

    Embora os motociclistas sejam as maiores vítimas do trânsito de São Paulo (metade dos feridos em acidentes), eles são responsáveis por apenas 4% das multas de trânsito, conforme a Folha mostrou nesta quinta. As motos são 13% da frota da capital paulista.

    Infográfico: Perigo sobre duas rodas

    "O carro tem menos oportunidade de escapar da fiscalização, a moto é mais ágil. Por isso que nós recolocamos os radares-pistola na rua, para tentar mitigar esse efeito", disse o prefeito durante o primeiro Encontro Municipal do Programa Saúde na Escola.

    Os radares-pistola foram aposentados pela prefeitura há um ano, sob justificativa de que existiam equipamentos mais avançados para fiscalização de motos, mas foram retomados em setembro.

    "Esse dado [do número de multas] é anterior à contratação dos radares-pistola. O objetivo é aumentar a fiscalização sobre as motos. Não é por mim, ninguém quer isso. O que nós queremos é que eles [motociclistas] reduzam a velocidade para salvar a sua própria vida" completou.

    Infográfico: Vítimas do trânsito em 2014

    Robson Ventura - 25.mar.2013/Folhapress
    Agente de trânsito da CET com radar-pistola há dois anos, na zona leste de São Paulo
    Agente de trânsito da CET com radar-pistola há dois anos, na zona leste de São Paulo

    IPTU

    Na quarta (30), a Câmara Municipal de São Paulo aprovou um projeto da prefeitura que aumenta o IPTU de terrenos vazios com mais de 500 m2 ou que tenham pequenas construções em suas áreas.

    Haddad, contudo, não encara a mudança como um aumento, mas como a "redução de um desconto indevido". Segundo o prefeito, "um erro foi corrigido". Ele afirmou ainda que houve uma "exploração política" do aumento do imposto.

    "Às vezes a informação não é dada corretamente. Muitas vezes o cidadão que está ouvindo o que está acontecendo não está informado sobre o que de fato foi decidido", afirmou o prefeito.

    "Terra ociosa não pode ter desconto. Estamos em uma cidade que precisa de creches, que precisa de habitação de interesse social, que precisa de equipamentos públicos", disse. "Terra não é para servir à especulação. Terra é para servir a cidade. Nós temos necessidade de terra na cidade para serviços públicos e moradia social."

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