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    Após agressão a juíza, quatro PMs irão para Bangu 1 e outros para Niterói

    MARCO ANTÔNIO MARTINS
    DO RIO

    02/10/2015 13h03

    Em reunião realizada na manhã desta sexta-feira (2) entre integrantes do Tribunal de Justiça do Rio, ficou definido que já à tarde começa a transferência de policiais presos no Batalhão Especial Prisional, na zona norte do Rio, para uma unidade em Niterói, na região metropolitana do estado.

    A decisão do juiz Eduardo Oberg aconteceu após a agressão de PMs presos à juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza, responsável pela fiscalização das unidades prisionais do Rio. Ao tentar realizar uma vistoria na unidade, a magistrada levou um tapa no rosto e teve a blusa rasgada por policiais suspeitos de integrarem uma milícia.

    Daniela de Souza identificou ainda na noite de quinta (1º) quatro policiais presos que teriam sido responsáveis pela agressão a ela. Todos serão transferidos para o presídio de Bangu 1, onde serão submetidos a RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) por 30 dias. Isso significa que estão suspensas as visitas e o banho de sol ocorrerá em horários restritos.

    "Tal medida deve ser cumprida imediatamente da seguinte forma: no mínimo 30 presos por dia, a contar de hoje, sendo primeiramente aqueles envolvidos no evento de ontem, até o término total do efetivo completo e integral, sem exceção, inclusive aos sábados e domingos, suspendendo-se por precaução, todas as visitas aos custodiados. Tudo por razões de segurança e preservação da ordem, sob pena de descumprimento à ordem judicial ora emanada", escreveu o juiz Eduardo Oberg na decisão.

    A Polícia Militar e a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária do Rio definem os últimos detalhes da transferência de todos os 217 presos para Niterói. De acordo com o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, o desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, a medida exigiu uma decisão "rápida".

    "A decisão final da VEP (Vara de Execuções Penais) é uma resposta do Estado ao grave acidente ocorrido ontem (quinta, 1º) é esta: transferir todos estes presos. Não podemos aceitar o que aconteceu", disse Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho.

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