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    Liminar do Rio favorável ao Uber não muda decisão de Haddad para SP

    DIEGO IWATA LIMA
    DE SÃO PAULO

    10/10/2015 14h11

    O Uber, aplicativo que conecta motoristas a passageiros, segue proibido na capital paulista. A liminar obtida pela empresa na Justiça do Rio, na última sexta (9), não altera as resoluções da Prefeitura de São Paulo em relação ao serviço, disse à Folha, neste sábado (10), o prefeito Fernando Haddad (PT).

    A decisão da Justiça fluminense autoriza os motoristas da companhia a trabalharem e impede a apreensão dos veículos pelo poder público.

    "Nada muda. Já existe uma petição do Uber sendo avaliada pelo nosso jurídico e vamos esperar a resolução. Essa é uma questão que demanda estudo, mexe com a vida de famílias", disse o prefeito. "Mesmo que leve 60 dias, o mundo não vai acabar", acrescentou.

    Na entrevista concedida durante visita ao Centro Esportivo e de Lazer Tietê, na zona norte da capital, em evento comemorativo do Dia da Criança, Haddad citou o editorial publicado pela Folha neste sábado ("Uber do B"), sobre o assunto.

    No texto, o prefeito é criticado pelo veto ao aplicativo e pela criação de uma nova categoria de táxis para a capital paulista, o táxi preto –mesma cor utilizada pelos carros do Uber.

    "As coisas não podem ser como imagina o editorial da Folha de hoje. É engraçado. Quando eu decido as coisas rápido, dizem que sou apressado. Se peço tempo para analisar, me criticam", disse Haddad.

    EMPRESA BANCA MULTAS

    Na sexta-feira (9), O prefeito Fernando Haddad (PT) decidiu ampliar a frota de táxis de São Paulo, com a criação de um novo serviço acionado pela internet, mas sem garantir a inclusão do Uber.

    A empresa disse que não se enquadra nas novas regras e que continuará operando normalmente com seus carros, que são considerados clandestinos pela prefeitura.

    Um dia depois do anúncio do prefeito, que também sancionou lei aprovada na Câmara para barrar a atuação do Uber, motoristas do aplicativo, que são donos dos carros com que trabalham nas ruas, não demonstravam temor.

    "A [empresa] Uber dá todo o respaldo. Vai lá [no pátio], tira o carro, paga as multas", disse o motorista Alexandre Ribeiro da Silva, 42. "Não muda nada [a nova lei]. Se a fiscalização pegar, a Uber arca."

    A multa pela apreensão é de R$ 1.700. Há ainda R$ 41 a cada 12 horas de estadia no pátio e R$ 521 de remoção.

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