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    Decisão de fechar Paulista é simples e pode ser revista, diz Haddad

    GABRIELA SÁ
    DE SÃO PAULO

    17/10/2015 21h10

    O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou neste sábado (17) que pode recuar sobre a decisão de fechar a avenida Paulista, na região central da cidade, aos domingos, se acontecer algum problema. O teste começa neste domingo (18).

    "Vamos acompanhar [o fechamento]. É uma decisão tão simples, pode ser revertida a qualquer momento. Não dar uma chance a ela seria um grande prejuízo", afirmou o petista.

    Mesmo a contragosto do Ministério Público, Haddad decidiu fechar a Paulista para carros e abri-la para pedestres todos os domingos, das 9h às 17h.

    A decisão se contrapõe a um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), de 2007, em que a prefeitura se comprometeu com a Promotoria a fechar a avenida apenas três vezes por ano. Em caso de descumprimento, a administração municipal pode ser multada em R$ 30 mil.

    A avenida –uma das mais movimentadas da cidade– já foi fechada três vezes neste ano: na Parada Gay (em junho), na inauguração da ciclovia da Paulista (também em junho) e no segundo teste da avenida fechada para os carros (em agosto).

    Haddad afirmou ainda que a administração cumpriu "todas demandas do Ministério Público, todos os estudos de impacto no trânsito e de segurança. Nossa compreensão é de que cumprimos nossas obrigações de prestar o esclarecimento devido".

    O fechamento da Paulista, segundo Haddad, é um "modelo que já foi testado e não trouxe desconforto para ninguém". "Comerciantes foram consultados, diretores de hospitais", afirmou o prefeito, ao anunciar a restauração da Casa de Cultura Casarão Celso Garcia, no Belém. A obra irá utilizar R$ 2 milhões de recursos federais.

    O petista lembrou sobre a pesquisa Ibope, que apontou que 64% dos paulistanos aprovavam fechar a via aos domingos e disse que pode ir à Paulista neste domingo (18): "Devo dar uma passada, não sei a que horas. Costumo ir à Paulista todo domingo."

    À tarde, o prefeito se encontrou com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e com ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD-SP), para a divulgação da construção de 592 habitações financiadas pelo programa Minha Casa Minha Vida em Pirituba, na zona norte de São Paulo. A obra custará cerca de R$ 69,8 milhões e contará com recursos dos governos municipal, estadual e federal.

    Por fim, Haddad comentou sobre o convite que fez aos promotores para ir à Paulista neste domingo: foi uma "sugestão para fazer avaliação in loco". O prefeito, no entanto, não disse se algum convidado do Ministério Público havia dado alguma resposta. "Não precisa tomar partido antes de ver acontecer, contra ou a favor", afirmou.

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