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    tragédia no rio doce

    Samarco diz que buscará experiência internacional para mitigar danos ambientais

    ALEX CAVALCANTI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM VITÓRIA

    10/11/2015 21h14

    A direção da mineradora Samarco, empresa que pertence à Vale e à australiana BHP, afirmou nesta terça-feira (10) que irá contratar empresas com "experiência internacional" para ajudar a mitigar os danos ambientais provocados pelo rompimento de duas de suas barragens em Mariana, Minas Gerais.

    Desde o acidente na última quinta-feira (5) um mar de lama atingiu vários distritos de Mariana e a bacia do Rio Doce, provocando a mortandade de peixes. O abastecimento de água também foi afetado em várias cidades, entre elas Governador Valadares, que decretou estado de calamidade pública.

    O diretor de Operações e Infraestrutura da Samarco, Kleber Terra, e o gerente de Meio Ambiente e Licenciamento da mineradora, Márcio Perdigão, deram uma coletiva na tarde desta terça-feira, por meio de uma videoconferência, e admitiram que a empresa ainda não tem uma estimativa dos prejuízos causados pela enxurrada de lama que atingiu cidades de Minas Gerais e Espírito Santo.

    Segundo Perdigão, a Samarco vai contratar empresas com experiência internacional para auxiliar na recuperação dos danos ambientais. "Estamos chamando empresas com experiência internacional em eventos similares com o que tivemos e o cronograma de ações será apresentado aos órgãos ambientais", afirmou Perdigão. Ele, porém, não citou nomes nem prazos.

    Mapa: Caminho da lama

    Na entrevista, os representantes da empresa anunciaram a suspensão das atividades da mineradora por 50 dias. A partir desta quarta (11), aproximadamente 4.300 funcionários próprios e terceirizados entrarão em licença remunerada e, em seguida, férias coletivas, até 4 de janeiro.

    Segundo a empresa, das quatro usinas em operação em Anchieta, a 70 km de Vitória, duas já estão desligadas e as outras duas têm matéria-prima para operação até 13 de novembro.

    As unidades da empresa em Mariana, Minas Gerais, foram desligadas logo após o rompimento das barragens,

    Até lá, segundo os executivos, será avaliado o "destino da empresa". Demissões e fechamento de unidades não foram confirmados nem descartados. "Ainda não conseguimos pensar em ações a longo prazo. As questões emergenciais é que precisam ser discutidas agora", afirmou Kleber Terra.

    Veja vídeo

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