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    tragédia no rio doce

    Dilma diz que governo deve agir para solucionar danos de barragem

    RACHEL AVELINO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM COLATINA (ES)

    12/11/2015 21h10

    Após sobrevoar nesta quinta-feira (12) a cidade de Colatina (ES), que nos próximos dias receberá o mar de lama proveniente do rompimento das barragens em Mariana (MG), a presidente Dilma Rousseff disse que o desastre é um dos maiores que o país já sofreu e que, apesar de a responsabilidade ser da mineradora Samarco, as instâncias de governo devem agir para solucionar o problema.

    "Nós sabemos que a empresa Samarco é responsável e terá que arcar com as consequências desse desastre. Isso significa multas, indenizações e os custos da reconstrução. Mas, ao mesmo tempo, o governo federal, estadual e municipal não pode ficar de braços cruzados", disse a presidente. "Por isso, vamos agir no sentido de procurar solucionar o problema, resolver em conjunto e fiscalizar. Não deixar somente a cargo da empresa", continuou. "Estamos vivendo um dos desastres mais graves que o país já sofreu."

    Nesta quarta-feira (11), Colatina decretou situação de emergência. A cidade tem 120 mil habitantes e toda a captação da água para abastecimento da população é feita no rio Doce.

    "Sabemos que [a lama] vai chegar e temos oportunidade de agir com antecipação", disse a presidente, acrescentando que as iniciativas "que estão sendo tomadas são muito consistentes". "A primeira coisa a se fazer é buscar condições para colocar os carros-pipas na rede de abastecimento existente e utilizar todas as formas de reservatório possível, entre elas cisternas. A segunda coisa é fazer a captação em duas lagoas que ficam no município vizinho através da tecnologia de adutora por engate rápido, muito usada no Nordeste."

    A presidente reiterou que a Samarco será multada pelos danos causados. "As multas ambientais preliminares que já definimos até agora são de R$ 250 milhões", repetiu, ressaltando que a empresa terá ainda de "participar e arcar com os custos da reconstrução".

    Dilma afirmou também que o governo federal irá avaliar se "alguma coisa" precisa ser alterada "tanto ambientalmente como na regulação de rejeitos e em todas as áreas".

    A presidente cobrou uma atitude mais "proativa" da Samarco. "Mais proatividade só faria bem para a empresa, para a sociedade e para o governo", afirmou.

    O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, deve visitar Colatina nos próximos dias para acompanhar a chegada da onda de lama e dar suporte à Defesa Civil estadual e municipal.

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