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Cotidiano
Sunday, 19-May-2024 18:03:19 -03Nova análise indica que água do rio Doce não está tóxica
DO RIO
DE BRASÍLIA26/11/2015 19h45
O Serviço Brasileiro de Geologia (CPRM) informou nesta quinta-feira (26) que a água do rio Doce não está tóxica. O curso d'água foi atingido na queda de barragem de rejeitos da mineradora Samarco, presidida por Ricardo Vescovi, no final de outubro.
A afirmação foi feita após análise de uma segunda bateria de amostras das águas do rio. Técnicos do órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia compararam os níveis de metais pesados atuais com os de 2010. Nas duas ocasiões, informou o serviço, os testes não mostraram variação significativa.
Na primeira análise, ocorrida em 14 de novembro, oito pontos de coleta foram monitorados e comparados com resultados passados. Na segunda, 40 pontos foram verificados entre os dias 14 e 18 do mês passado.
O CPRM ressalta que a água não é tóxica, mas a lama provoca a mortandade de peixes mesmo assim porque reduz a quantidade de oxigênio e luminosidade no rio.
O órgão registra que a quantidade de sedimentos no rio "está muito acima dos valores verificados em 2010", mas afirma que a lama não acrescenta novos elementos químicos à água.
Segundo o serviço, foi pesquisada a presença de metais como alumínio, arsênio, cádmio, chumbo, cobre, cromo, ferro, manganês, mercúrio e zinco. "Não há indicações de que a lama seja tóxica em relação a metais pesados", diz o serviço em nota.
O CPRM explica que independentemente de ser tóxica ou não, a água misturada à lama que desce pelo rio Doce precisa ser tratada antes de ser usada para abastecimento da população.
FUNAI
A CPI da Funai aprovou nesta quinta requerimento da bancada ambientalista convocando o diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, a prestar esclarecimentos no Congresso sobre o rompimento da barragem da mineradora.
A data do depoimento ainda será marcada.
O requerimento é assinado pelo deputado Sarney Filho (PV-MA), que argumentou que a avalanche de lama que se propagou por todo o Vale do Rio Doce coloca em risco a existência da etnia Krenak, "que vive quase que exclusivamente dos recursos do rio".
Nesta quinta os bombeiros encontraram o corpo da 13ª vítima do rompimento da barragem da mineradora. Onze pessoas ainda estão desaparecidas.
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