O senador paulista José Serra (PSDB) foi visitar um amigo no último domingo, na região da avenida Paulista, em São Paulo. Logo deu de cara com a avenida bloqueada para carros. Sacou o celular e depois de uma foto usou o Facebook para criticar o fechamento da via, o trânsito "monumental" do seu entorno, o prefeito Fernando Haddad (PT) e a presidente Dilma Rousseff. Horas depois, era Serra que estava recebendo uma série de críticas na rede social.
Segundo o relato de Serra, ele demorou 30 minutos para desviar do trânsito na ida até a casa do amigo e 40 minutos para voltar dela. A avenida estava destinada para o lazer de pedestres, mesmo sob forte chuva.
Vigente desde outubro, o fechamento da avenida Paulista para carros aos domingos dividiu a opinião dos paulistanos. Segundo o Datafolha, 47% dos paulistanos são favoráveis à medida e 43% são contrários.
Na internet, entre as críticas feitas ao comentário de Serra, logo surgiram assuntos polêmicos que envolvem o governo do PSDB em São Paulo como o recente fechamento de escolas da rede pública, a demora do avanço de obras do Metrô e até a crise hídrica do Estado.
| Reprodução/Facebook | ||
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| Serra comentarios |
Diversos internautas questionaram, por exemplo, o motivo pelo qual o senador e ex-governador do Estado de São Paulo e ex-prefeito da capital paulista não atravessou a Paulista usando o Metrô. "O metrô não chega na sua casa, Senador? Quem é que está cuidando cheio de preparo da obra dele há 20 anos?", perguntava um internauta que obteve 8 mil curtidas em seu comentário.
"Se você acha que fechar avenida é um transtorno, precisa ver o que acontece quando se fecha escolas", disse outro internauta obtendo 21 mil aprovações de seu comentário.
E durante o dia chuvoso, o texto de Serra fez com que o paulistano lembrasse até da crise hídrica em São Paulo. "Boa, Serra, conseguiu postar foto de um lugar em São Paulo que ainda tem água. Parabéns." O comentário teve 23 mil curtidas.
Mesmo que em minoria, houve também quem apoiasse o senador e criticasse as "vias engarrafadas ao lado de espaços para fantasmas".
A assessoria do senador foi procurada para comentar a repercussão do comentário e disse que não iria comentar o caso. Já a Prefeitura de São Paulo não respondeu à Folha