Os quase sete meses em que o diplomata Aloysio Marés Dias Gomide ficou em poder de guerrilheiros armados no Uruguai nunca abalaram sua fé na diplomacia e em seu papel como representante do Estado brasileiro.
Em julho de 1970, o então encarregado do consulado do Brasil em Montevidéu foi sequestrado após integrantes do movimento guerrilheiro de esquerda Tupamaro invadirem sua casa na capital uruguaia.
O grupo reivindicava o pagamento de US$ 1 milhão para libertar Aloysio e o agente americano Dan Mitrione –que acabou morto.
O Uruguai vivia dias de tensão às vésperas da ditadura civil-militar que governou o país entre 1973 e 1985.
Aloysio foi libertado em fevereiro de 1971, com a ajuda de sua mulher, Maria Apparecida, que liderou uma campanha para arrecadar o resgate. Conseguiu US$ 250 mil (valor aceito pelos sequestradores) e o apoio de nomes como Chacrinha e Flávio Cavalcanti.
Na adolescência, morou em Yokohama acompanhando o pai, o diplomata José Gomide Júnior, quando o Brasil declarou guerra ao Japão durante a 2ª Guerra Mundial. A família acabou em prisão domiciliar pelo governo japonês.
Ingressou no Itamaraty em 1954, mesmo ano em que conheceu e se casou com Maria Apparecida.
Teve postos nos EUA, Canadá e Itália, e foi embaixador do Brasil no Haiti entre 1981 e 1989. Apaixonado por história, começou a pintar quadros com cenários medievais nos últimos anos.
Morreu no dia 2, aos 86 anos, após uma parada cardíaca. Deixa a mulher, sete filhos, 14 netos e uma bisneta.
A missa de sétimo dia será rezada nesta quarta (9), às 19h30, na paróquia da Ressurreição, em Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro.
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VEJA AS MORTES E MISSAS DESTA SEGUNDA
Jacques Hazan - Aos 62. Deixa os filhos, Monica e Marcelo, e irmãos. Cemitério Israelita do Butantã.
Oscar Tellerman - Aos 80, casado com Ester Tellerman. Deixa filhos, irmãos, netos e bisnetos. Cemitério Israelita do Embu.
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7º DIA
Luis Antonio Sandoval Mourão - Amanhã (8/12), às 17h, na igreja Santa Rita de Cássia, r. Dona Inácia Uchoa, 106, Vila Mariana.*