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    Rodovias paulistas estão há sete meses sem radares fixos do tipo 'dedo-duro'

    VENCESLAU BORLINA FILHO
    DE CAMPINAS

    07/12/2015 08h42 - Atualizado às 18h45 Erramos: esse conteúdo foi alterado

    Silva Júnior - 10.fev.2011/Folhapress
    Radar inteligente no km 371 da rodovia Anhanguera, na região de Orlândia, em São Paulo
    Radar inteligente no km 371 da rodovia Anhanguera, na região de Orlândia, em São Paulo

    As principais rodovias paulistas estão há sete meses sem a fiscalização por radares fixos do tipo "dedo-duro", que denunciam excesso de velocidade e checam se o veículo é roubado, furtado ou se possui pendências administrativas (licenciamento atrasado) ou judiciais.

    O motivo é a falta de um contrato de locação e operação dos equipamentos. O acordo anterior, de cinco anos, no valor de R$ 32,2 milhões, venceu em abril, e o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) não providenciou uma nova licitação. O órgão nega que o problema seja a falta de recursos.

    Ao todo, havia 42 radares nas principais rodovias do Estado, entre elas os sistemas Anhanguera-Bandeirantes e Anchieta-Imigrantes, e SP-310 (Washington Luís) e SP-304 (Luiz de Queiroz). No lugar deles, agora, o que se vê são apenas as carcaças onde ficavam os equipamentos.

    Os radares inteligentes são considerados fundamentais para o trabalho da Polícia Militar Rodoviária. Eles identificam as placas e em quatro segundos consultam o banco de dados. As informações, então, são repassadas para a base policial mais próxima, o que garantia uma abordagem segura pelos policiais.

    O sistema era interligado nacionalmente, o que possibilitava a apreensão de veículos irregulares registrados em outros Estados. No primeiro trimestre de funcionamento as apreensões de veículos em rodovias aumentou 121% –para 28.214.

    "Para o Estado, esse tipo de equipamento é bastante útil por também detectar veículos do crime, ajudar a esclarecer ocorrências e a cobrar impostos", afirmou José Almeida Sobrinho, presidente do conselho deliberativo do Instituto Brasileiro de Ciências de Trânsito.

    "O contingenciamento adotado pelo governo estadual no começo do ano pode ter sido um obstáculo para uma nova licitação. Talvez esse possa ter sido um problema. A capacidade de contratação e de compras está reduzida", disse ele.

    Em nota, o DER negou problemas com recursos e informou que um novo edital de licitação para a aquisição dos serviços está em elaboração –mas não informou data para a publicação. O órgão informou ainda que 61 radares "dedo-duro" móveis estão em operação pela Polícia Militar Rodoviária.

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