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    Rio de Janeiro

    Acidente de ônibus deixa cinco mortos e 35 feridos no Rio de Janeiro

    BRUNO VILLAS BÔAS
    DO RIO
    FELIPE DE OLIVEIRA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

    13/12/2015 14h13

    Cinco pessoas morreram e cerca de 35 ficaram feridas em um acidente de ônibus no fim da manhã deste domingo (13) na Linha Amarela, na altura da Freguesia, na zona oeste do Rio.

    Segundo a Lamsa, concessionária da via expressa, o ônibus seguia no sentido Barra da Tijuca quando bateu, às 11h41, contra o muro de um túnel da via expressa.

    De acordo com testemunhas, o veículo colidiu na parede lateral do túnel e seguiu arrastando a lataria até a saída. A violência do choque destruiu o lado direito do coletivo, onde estavam as pessoas que morreram.

    "Não deu nem para imaginar que iria acontecer. Do nada parece que ele foi para o lado e bateu. Nesse momento vi várias pessoas voando dentro do ônibus, foi uma cena terrível" afirmou Junior Castro, 55, que estava no ônibus com a mulher e dois filhos.

    O motivo do acidente ainda é desconhecido. A Polícia Civil apreendeu o tacógrafo (equipamento que registra a velocidade do ônibus) e o painel do veículo para serem submetidos a perícia. A velocidade máxima permitida para ônibus na Linha Amarela é 80km/h.

    Para Isadora Avelino, 26, que também estava dentro do ônibus a causa do acidente pode ter sido alta velocidade.

    "O motorista estava correndo muito antes do acidente. Pode ter sido isso. Não percebi muita coisa, estava de olhos fechados, quando abri já estava sangrando, foi tudo muito rápido", afirmou ela.

    O motorista, que atuavam sem auxílio de cobrador, sofreu ferimentos leves e deverá prestar depoimento.

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    Ônibus após acidente na Linha Amarela, no Rio de Janeiro
    Ônibus após acidente na Linha Amarela, no Rio de Janeiro

    Em nota, o consórcio Transcarioca, responsável pelo ônibus, afirmou que vai "prestar toda assistência às famílias das vítimas e está mobilizado para ajudar as autoridades a esclarecer as causas do acidente".

    Parentes e amigos de Alexsandro Miranda de Carvalho, 17, foram ao IML (Instituto Médico Legal) para reconhecimento do corpo, que não havia chegado até a conclusão desta edição. Muito abalados, eles fizeram uma roda e rezaram.

    Segundo familiares, o jovem ia de Guapimirim, no interior do Rio, onde a família mora, para Jacarepaguá, zona oeste do Rio.

    Vinte e sete feridos foram levados por ambulância para os hospital municipais Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, e Miguel Couto, no Leblon, e Salgado Filho, no Méier.

    Segundo a Secretaria municipal de Saúde, vinte já receberam alta —12 deles tinha apenas escoriações. Dois pacientes estão em estado grave e passam por cirurgia. Um deles está no CTI (Centro de Tratamento Intensivo). Outro, com fraturas na perna e na mão, está estável.

    A pasta não tinha informações, até a conclusão desta edição, sobre as mais de vinte pessoas atendidas no Lourenço Jorge.

    De acordo com Junior Castro, houve pânico após o acidente e diversos veículos que estavam no local pararam para ajudar os feridos.

    "Todo mundo ficou em pânico, não dava para acreditar no que tinha acontecido. Olhei para minha esposa e ela estava com o rosto todo rasgado, foi desesperador. Muita gente saiu pisando e pulando os corpos. Os carros que passavam pelo local paravam e tentavam ajudar como podiam."

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