Depois de 22 horas de motim, terminou na tarde desta sexta-feira (18) a rebelião na cadeia pública de Paranavaí, no norte do Paraná –iniciada horas depois de uma operação policial contra a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) no Estado.
A situação foi controlada por volta das 14h. A Secretaria da Segurança Pública do Paraná informou que não houve relação entre o motim e a operação, que tenta cumprir 767 mandados de prisão contra membros da facção.
Os detentos não apresentaram uma pauta de reivindicações –mas, após o fim do motim, policiais encontraram um túnel debaixo de uma das celas.
O Depen (Departamento Penitenciário do Paraná) acredita que a rebelião foi forjada para possibilitar a escavação e a fuga dos presos.
Na quinta (17), dia em que a rebelião começou, 12 pessoas foram presas na cidade por suspeita de ligação com o PCC. Outras quatro pessoas, que também tiveram mandado de prisão expedido, já estavam detidas na delegacia regional, em frente à cadeia pública onde houve a rebelião.
Segundo o Depen, esses presos foram levados a uma ala separada –portanto, não teriam tomado a iniciativa do motim.
A cadeia pública de Paranavaí (onde ficam, em teoria, apenas presos provisórios) tem capacidade para 95 pessoas, mas abriga atualmente 250 detentos.
Por ora, não houve sinais de rebelião ou tensão em outras penitenciárias ou cadeias do Paraná. A Secretaria Estadual da Segurança Pública informou que está monitorando a movimentação dos presos e que estará preparada para agir caso algum risco seja identificado.