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    Rio de Janeiro

    Museu do Amanhã recebe 24 mil pessoas no primeiro final de semana

    RONALD LINCOLN JR.
    DO RIO

    20/12/2015 20h10

    Ricardo Vilela - 19.dez.15/Futura Press/Folhapress
    Movimentação no Museu do Amanhã, na zona portuária do Rio, neste primeiro final de semana de funcionamento
    Movimento no Museu do Amanhã, zona portuária do Rio, neste primeiro final de semana funcionando

    Enquanto milhares de pessoas descobriam os corredores do Museu do Amanhã, na zona portuária do Rio, do lado de fora, na praça Mauá, centenas de visitantes enfrentaram o sol forte neste domingo (20) para acompanhar atividades culturais que festejavam a inauguração do museu.

    As apresentações faziam parte do Viradão do Amanhã, evento de 36 horas, ocorrido entre sábado (19) e domingo, e que reuniu mais de 20 atrações, como shows de música popular, apresentação da Orquestra Sinfônica Brasileira, peças teatrais para crianças e adultos e outras.

    A praça Mauá foi reformada recentemente com o objetivo de revitalizar a região portuária da cidade, fazendo da área mais um atrativo turístico do Rio.

    Orçado em quase R$ 300 milhões, o museu foi inaugurado na quinta-feira (17), mas foi aberto ao público no sábado (19). Desde então, recebeu 24.433 pessoas, até 19h30 de domingo, segundo os administradores do espaço.

    A missão do museu é fazer o visitante refletir sobre como suas atitudes moldam o futuro da Terra.

    SEM SOMBRA

    Antes ou depois de conhecer as exposições do museu, o público assistia as atrações do Viradão. A falta de pontos com sombra, entretanto, foi motivo de reclamação.

    O premiado diretor Amir Haddad, fundador do grupo de teatro "Tá na Rua", comemorou a presença do público, mas lamentou a falta de árvores. O grupo se apresentou neste domingo.

    "Qualquer coisa que bote o povo na rua é boa. Mas acho que uma praça árida não traz multidão. Hoje, ainda bem, tinha bastante gente, mas sem sombra as pessoas não vão voltar", afirmou.

    A dona de casa Jurema da Silva, 62, que acompanhou o show da Fanfarra Black Clube, banda instrumental com repertório de ícones negros, como Tim Maia e Michael Jackson, também reclamou da exposição do público ao sol.

    "O local está lindo, as pessoas muito alegres, mas teria que ter mais árvores", disse enquanto se abanava com um lenço.

    Ela desistiu de conhecer o museu neste domingo por causa da longa fila formada para entrar no prédio, mas pretende voltar outro dia.

    Alguns meninos moradores de comunidades da região encontraram uma solução um tanto controversa para se refrescar. Eles chamaram atenção dos demais visitantes com mergulhos acrobáticos nas águas poluídas da Baía de Guanabara, que cercam a praça.

    Questionado se não temia ficar doente por causa da poluição da água na área, Vinicius Veiga, 16, foi enfático. "Não tenho medo. Mergulho aqui desde quando ainda tinha obra e nunca tive problema. Venho aqui porque fica mais perto que a praia."

    O jovem mora no morro da Providência, que fica próximo ao museu, mas não tem pretensão de conhecê-lo.

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