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    Sem alvará, museu em SP teve falha em hidrante, diz funcionária

    LEANDRO MACHADO
    ROGÉRIO PAGNAN
    DE SÃO PAULO

    22/12/2015 02h00

    O complexo da estação da Luz, que inclui o prédio do Museu da Língua Portuguesa, não tinha aval do Corpo dos Bombeiros para funcionar e, segundo uma funcionária, houve falha em um hidrante no início do incêndio nesta segunda-feira (21).

    De acordo com os Bombeiros, os responsáveis pelo museu apresentaram um projeto para obter a autorização em 2004 e conseguiram a aprovação, mas não deram prosseguimento ao pedido.

    O passo seguinte seria solicitar uma visita de verificação dos bombeiros. Só depois disso a corporação pode fornecer um alvará atestando a segurança do local.

    Ainda de acordo com os Bombeiros, neste mês o museu apresentou um novo projeto para o prédio, que inclui uma estação do metrô, mas ainda não teve resposta.

    Os bombeiros já iniciaram as investigações sobre as causas do incêndio, e ainda será realizada uma perícia.

    O museu da língua portuguesa

    O secretário estadual da Cultura, Marcelo Araujo, disse que o local tinha todos os equipamentos de segurança e o treinamento necessários para o combate a incêndios.

    Questionado sobre a falta do alvará de vistoria, ele afirmou: "São questões formais. Estávamos em um processo [para a obtenção]. Fizemos todos os requisitos necessários, todas as rotinas".

    Ele também negou que algum procedimento ou equipamento de combate ao fogo possa ter falhado. "O alarme soou imediatamente."

    O fogo começou no primeiro andar, onde foi contido, mas se espalhou para o segundo e terceiro andares.

    Sem querer ser identificada, uma funcionária do museu que estava no local no momento do incêndio disse que o alarme soou, mas relatou que um hidrante falhou logo logo no início.

    Segundo ela, os funcionários ligaram o equipamento quando o fogo ainda estava baixo, mas não saiu água.

    Ainda de acordo com o relato, os funcionários buscaram a sala onde fica o registro, na região das plataformas da CPTM. O local, porém, estava trancado.

    "Nesse meio tempo, já saímos para a rua", contou. De acordo com ela, havia cerca de 20 pessoas da equipe no início do incêndio e sete tentaram conter o fogo.

    Segundo ela, muitos choraram ao ver as chamas, que cresceram após a falha no equipamento.

    O incêndio no Museu da Língua Portuguesa ocorre dois anos após o auditório do Memorial da América Latina também pegar fogo e no momento em que outro museu da cidade -o Museu do Ipiranga- está fechado por problemas de estrutura.

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