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    Rio de Janeiro

    Dilma cria gabinete contra a crise de saúde no Rio de Janeiro

    MARIANA HAUBERT
    NATÁLIA CANCIAN
    DE BRASÍLIA

    23/12/2015 13h27

    Diante da falta de recursos enfrentada pelo governo do Rio de Janeiro para conter o caos que acomete o setor da saúde no Estado, a presidente Dilma Rousseff decidiu nesta quarta-feira (23) criar um gabinete de crise gerido por um grupo interministerial para auxiliar na resolução do problema.

    O anúncio foi feito pelo ministro Marcelo Castro (Saúde) após ter participado de uma reunião no Palácio do Planalto com Dilma, os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Nelson Barbosa (Fazenda), os presidentes do Banco do Brasil, Alexandre Abreu, e da Caixa Econômica, Miriam Belchior, além do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o prefeito da capital, Eduardo Paes. Tanto Pezão quanto Paes participaram por teleconferência.

    Segundo Castro, o gabinete será coordenado pelo Ministério da Saúde e será montado com a participação de entes federais, estaduais e municipais. "[O gabinete será criado] para fornecer equipamentos que forem necessários, medicamentos e a transferência de pacientes, mas também para encontrar uma solução o mais urgentemente possível para o problema que está grave na saúde do Rio", disse o ministro.

    O secretário de atenção à saúde da pasta, Alberto Beltrame, irá para o Rio de Janeiro nesta quarta para montar o gabinete com a equipe de Pezão e Paes. "Eles vão constituir hoje esse gabinete de crise para conjuntamente tomarem as decisões para amenizar essa crise", disse Castro.

    Segundo ele, Barbosa ainda definirá como o governo federal poderá auxiliar o Estado com o repasse de recursos. "Barbosa vai encontrar uma solução. Da nossa parte da Saúde estamos inteiramente solidários ao Pezão e entendemos as dificuldades financeiras pelas quais ele está passando", disse.

    Nesta terça, Pezão afirmou que o Estado precisa de, pelo menos, R$ 300 milhões para reabrir as emergências e, cerca de R$ 1 bilhão, para regularizar todos os serviços de saúde no Estado. Ele afirmou ainda que aguarda dois repasses de R$ 45 milhões do Ministério da Saúde.

    O ministro também afirmou que a pasta da Saúde está adquirindo repelentes que serão distribuídos à mulheres grávidas para conter o avanço do vírus Zika. No entanto, Castro não soube informar quando e como será feita a distribuição.

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    EXTRAOFICIAL

    A agenda oficial de Dilma previa uma viagem da presidente ao Rio de Janeiro na manhã desta quarta para participar da inauguração do Parque Radical Deodoro, mas a presidente cancelou sua ida porque o seu segundo neto está prestes a nascer, segundo informou a assessoria do Ministério da Saúde. A sua filha, Paula Araújo, já tem um filho, Gabriel, de cinco anos.

    A reunião sobre a criação do gabinete de crise não entrou na agenda oficial de Dilma. Nesta terça (22), a assessoria de imprensa do Planalto informou que Dilma irá para Porto Alegre passar as festividades de Natal com a família. No entanto, ainda não há confirmação sobre o horário de embarque da presidente.

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