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    Estação da Luz reabre parcialmente dez dias após incêndio

    LUDIMILA GONÇALVES
    COLABORAÇÃO PARA FOLHA

    31/12/2015 06h09

    A estação da Luz, no centro de São Paulo, foi reaberta parcialmente aos usuários às 4h desta quinta-feira (31), dez dias após um incêndio destruir o Museu da Língua Portuguesa, localizado no prédio centenário.

    Com a reabertura, os trens das linhas 7-rubi e 11-coral da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) voltaram a passar pela estação para embarque e desembarque de passageiros. Às 5h, o fluxo de passageiros era mais intenso na baldeação do trem para o metrô.

    Os usuários só podem entrar na estação pela avenida Cásper Libero ou pela Pinacoteca. A entrada principal, localizada em frente ao parque da Luz, está fechada por tempo indeterminado.

    Seguindo recomendação do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), apenas as plataformas 1, 2 e 3 estão sendo utilizadas. A plataforma 4 —a mais próxima do prédio do Museu da Língua Portuguesa— não tem previsão para reabrir. Parte do teto sobre as plataformas conta com uma rede de proteção.

    Com uma via a menos, o embarque e desembarque da linha 11-coral está sendo feito em apenas pela plataforma 3.

    O operador de máquinas Manoel Leite Sobrinho, 66, utiliza o trem no sentido Guaianases três vezes por semana. Ele soube no início da noite desta quarta-feira (30) da reabertura da estação, e chegou logo no primeiro horário. "Nos dias em que a estação ficou fechada precisei esperar o horário do metrô abrir para poder seguir a viagem. É bom voltar ao meu horário normal."

    No próximo sábado (2) serão feitos testes de vibração para avaliar se o transporte de cargas também será liberado

    INCÊNDIO

    Patrimônio histórico na região central de São Paulo, o complexo da estação da Luz —que engloba a estação homônima de transporte e o Museu da Língua Portuguesa— foi parcialmente consumido por um incêndio na segunda (21). O fogo começou por volta das 15h50 e foi controlado após duas horas e meia.

    O bombeiro civil Ronaldo Pereira, 39, que trabalhava no local, fechado às segundas para visitas, morreu após parada cardiorrespiratória devido à fumaça.

    Segundo o Corpo de Bombeiros, as chamas destruíram o segundo e o terceiro andares do prédio. O teto de madeira desabou. A estrutura da estação de trem, erguida em 1867, não sofreu dano.

    "O museu foi totalmente afetado, é uma tragédia", afirmou o secretário do Estado da Cultura, Marcelo Araujo. Todo o acervo do local é digital e, de acordo com ele, conta com cópia de segurança.

    O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que a estrutura será reconstruída. Autoridades começaram a investigar as causas do fogo. O museu e todo o complexo da estação da Luz não tinham aval dos bombeiros para funcionar.

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