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    Shows e queima de fogos atraem multidão na avenida Paulista

    LUDIMILA GONÇALVES
    COLABORAÇÃO PARA FOLHA

    01/01/2016 04h06 - Atualizado às 12h17

    Com queima de fogos de 10 minutos, a festa da virada de ano na av. Paulista, em São Paulo, reuniu um milhão de pessoas segundo estimativas da Polícia Militar.

    A avenida, de acordo com estudo do Datafolha, de 2011, suportaria até " 950 mil pessoas em sua aglomeração máxima". Tal concentração equivale a uma "situação de confinamento" –sete pessoas por metro quadrado, o equivalente ao que ocorre em trens do metrô nos horários de pico.

    Sem chuva, a virada foi pacífica. Segundo a organização do evento, nenhuma ocorrência grave foi registrada até o termino da festa, às 2h30 desta sexta-feira (1).

    Quem escolheu a avenida para a passagem do ano pode acompanhar shows de diferentes gêneros musicais, como tecnomelody, funk, axé, rap, samba e sertanejo. As apresentações começaram às 19h com a banda Djavú, seguida por Dennis DJ, Chiclete com Banana e o cantor Criolo.

    No momento da virada, quem comandava o palco era a dupla sertaneja Marcos & Belutti, que fez a contagem regressiva com o público. Com sucessos como "Domingo de Manhã" e "Aquele 1%", a dupla conseguiu animar até quem estava longe do palco, apesar do som mais baixo na região próxima ao MASP e de falhas nos últimos dois telões da avenida.

    Após a virada, o palco recebeu o cantor Mumuzinho e a escola de samba Vai-Vai, que encerrou o evento.

    QUEIMA DE FOGOS

    A aposentada Maria Madalena Martins, 66, de Carapicuíba, foi sozinha ao evento. Chegou por volta das 19h e ficou até o final. Ela afirmou que ir ao réveillon na Paulista é uma tradição e que ficou satisfeita com a festa. "Gostei de todos os shows e da queima de fogos, não sai daqui. Gostei de tudo, achei muito tranquilo".

    Mas teve quem ficou decepcionado com o show pirotécnico. Judy Lima, 48, moradora do bairro de Interlagos, foi a festa pela primeira vez e escolheu ficar próxima ao palco para aproveitar melhor o show, "a queima de fogos ficou longe daqui, tive dificuldade para ver". E completou, "dizem que ano passado foi melhor, que tinham mais artistas conhecidos".

    Após três minutos do início da queima de fogos, algumas pessoas que estavam no meio da avenida reclamaram que o excesso de fumaça atrapalhava a visibilidade do restante do espetáculo.

    FESTA EM FAMÍLIA

    O corretor de imóveis Edson André, 34, foi com a mulher e os dois filhos pequenos para a festa. Eles disseram que se sentiram seguros, mas que não ficariam até o final. "Viemos aproveitar só o momento da virada mesmo, como viemos de metrô, foi bem fácil de chegar", conta Renata Almeida, 34, esposa de Edson. Como estavam com os filhos de 3 e 11 anos, escolheram ficar afastados do palco "já que próximo ao show estava muito cheio".

    A avenida foi fechada desde o palco, montado no cruzamento com a avenida Brigadeiro Luís Antônio, até o Masp. O acesso só era possível através das ruas paralelas.

    O enfermeiro plantonista Rodolfo Braga disse que as ocorrências médicas atendidas foram principalmente por excesso de álcool e calor. "Também tivemos pessoas com hipertensão e diabetes que precisaram de atendimento". Os outros médicos que conversaram com a Folha não reportaram problemas mais graves. Ao todo, oito postos médicos foram montados na avenida.

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