Desde o início da adolescência, Luiz Carlos Amorim Borges já tinha o Carnaval como uma de suas paixões. Menores de idade, ele e os amigos tentavam acompanhar os preparativos e ensaios das escolas de samba em Porto Alegre, mas sempre acabavam descobertos e barrados.

Com isso, os seis amigos do bairro Cidade Baixa decidiram fazer seu próprio desfile. Fizeram um estandarte, compuseram um samba enredo e construíram seus próprios instrumentos. Até um documento de criação da escola foi feito pelos garotos, que saíram como um bloco, pela primeira vez, em 1959.

Amorim tinha apenas 13 anos na ocasião e não tocava nenhum instrumento, mas cuidava da organização.

O pequeno grupo, que tocou nos coretos e passou por ruas da capital gaúcha, cresceu e se tornou a segunda escola de samba a receber mais prêmio no Carnaval de Porto Alegre. Amorim foi seu presidente da fundação até o ano de 2014 -atualmente, era vice-presidente da Liga de Escolas de Samba da cidade.

Essa jornada foi acompanhada pela mulher, Neida, com quem ficou até o fim, chegando a 48 anos de união.

Quando não se dedicava à escola, Amorim atuava como auxiliar de escritório e, nas horas vagas, se dedicava ao seu carro. "Aquele Escort era tudo para ele. Reformava, arrumava", diz a filha Neida.

Pai de seis meninas -uma morreu há três anos- gostava de ter a família por perto. "Ele queria ter um menino, mas não deu", brinca a filha.

Morreu dia 20, aos 69, após problemas cardíacos e renais. Deixa mulher, filhas, genros, dez netos e seis bisnetos.

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VEJA MORTES E MISSAS PUBLICADAS NESTE SÁBADO

1º ANO

Aimar Labaki - Nesta terça (5/1), às 19h, na igreja Nossa Senhora do Carmo, r. Martiniano de Carvalho, 114, Bela Vista.

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EM MEMÓRIA

Nazira Simão Alexandre - Nesta segunda (4/1), às 18h30, na igreja São Gabriel, av. São Gabriel, 108.