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    César Augusto Teles (1944-2015)

    Mortes: Preso e torturado, lutou pela anistia e Diretas Já

    FERNANDA PEREIRA NEVES
    DE SÃO PAULO

    05/01/2016 00h00

    Era 28 de dezembro de 1972 quando César Augusto Teles foi preso com a mulher, a cunhada e um amigo.

    Foram todos ameaçados e torturados. Diabético, César chegou a passar mal e seu corpo foi mostrado para sua mulher, como se ele estivesse morto. Ela acreditou.

    Presidente do sindicato dos ferroviários e contrário ao golpe militar de 1964, César já vivia na clandestinidade na ocasião. Deixou Minas com a família para viver em áreas suburbanas do Rio e de São Paulo.

    Ao lado da mulher, Amelinha, fazia propaganda comunista contra o regime militar. Muitas vezes tiveram que se mudar às pressas após terem o paradeiro descoberto.

    Em 1972, porém, foram localizados. A prisão resultou na morte de Carlos Nicolau Danieli e na condenação de César a cinco anos de prisão e na de Amelinha a um ano.

    O cárcere afetou a saúde dele, mas não sua vontade de lutar. Assim que foi solto, se juntou à campanha pela anistia e depois pelas Diretas Já, participando da criação dos comitês populares.

    Amelinha esteve ao seu lado em todas as ocasiões, chegando a 54 anos de união. "Era uma relação acessiva, intensa, muito profunda", descreve ela, que o conheceu ainda na adolescência.

    Seus filhos são seu legado, tendo o mesmo interesse pela política, gosto pela música e torcida pelo Atlético-MG.

    Morreu aos 71 anos, em 28 de dezembro, exatos 43 anos desde sua prisão. Deixa a mulher, dois filhos, a netinha Aurora e os dois cachorros.

    Foi enterrado no cemitério Vila Formosa, diante da vala dos desaparecidos políticos.

    coluna.obituario@grupofolha.com.br

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    VEJA MORTES E MISSAS PUBLICADAS NESTA SEGUNDA

    Ivone Rodrigues dos Santos - Aos 83, viúva de Aparecido Martins dos Santos. Deixa os filhos Edna, Fatima, Ivânia, Rita de Cássia, Marcos Henrique, Fabiana e Elizete (em memória). Cemitério Municipal de Bebedouro (SP).

    Jose Deus Casal - Aos 80, viúvo de Relindis Vogt Deus. Deixa três filhos. Cemitério e Crematório Metropolitano Primaveras.

    José Maria Siscart Penella - Aos 87. Deixa mulher, filha e netos. Crematório da Vila Alpina.

    José Pacheco - Aos 90, viúvo. Deixa a filha Monalisa, genro, neto e irmãs. Cemitério do Redentor.

    Lenine Honorato Pinto - Aos 81, viúva de Maria de Lourdes F. Honorato Pinto. Deixa filho. Cemitério e Crematório Metropolitano Primaveras.

    Margarida Tiberio dos Santos - Aos 88, casada com Jose Assis dos Santos. Deixa dois filhos. Cemitério e Crematório Metropolitano Primaveras.

    Seporah Beres Lederer - Aos 94. Deixa as filhas Lea e Tamara, irmã, netos e bisnetos. Cemitério Israelita do Butantã.

    Silvana Pereira do Nascimento - Aos 42, casada com Marcelo Lazaro. Deixa filho. Cemitério e Crematório Metropolitano Primaveras.

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    7º DIA

    Hecmet Farka - Nesta terça (5/1), às 17h30, na igreja N. S. do Carmo da Aclimação, r. Braz Cubas, 163, Aclimação.

    Ivani Paiva Lourenço - Nesta terça (5/1), às 19h, na igreja Santa Margarida Maria, av. Lins de Vasconcelos, 2.129, Jd. da Glória.

    Maria Yolanda Costa Ferreira - Na quarta (6/1), às 17h, na igreja da Imaculada Conceição, av. Brig. Luis Antonio, 2.071, Bela Vista.

    Marina Boa Nova Couto - Nesta terça (5/1), às 19h, na igreja São Luís Gonzaga, av. Paulista, 2.378, Cerqueira César.

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    1º ANO

    Aimar Labaki - Nesta terça (5/1), às 19h, na igreja Nossa Senhora do Carmo, r. Martiniano de Carvalho, 114, Bela Vista.

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    EM MEMÓRIA

    Olten Ayres de Abreu - Na quarta (6/1), às 18h30, na igreja do Santíssimo Sacramento, r. Tutoia, 1.125, Paraíso.

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