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    Cartão-postal de Porto Alegre, pôr do sol no lago Guaíba é 'interditado'

    FELIPE BÄCHTOLD
    DE PORTO ALEGRE

    12/01/2016 02h00

    Cartão-postal mais conhecido de Porto Alegre, o pôr do sol nas margens do lago Guaíba está "interditado" a perder de vista, literalmente.

    Uma extensão de mais de 1 km da orla nas proximidades do prédio histórico da Usina do Gasômetro vem sendo isolada com tapumes desde outubro para uma obra de revitalização da prefeitura.

    A previsão é que o local, um dos principais espaços de lazer da cidade, fique inacessível até maio de 2017. Ciclovias, passeios e a vista para o lago estão bloqueadas.

    Dezenas de barracas de comerciantes que ficavam no local foram remanejadas para um ponto a cerca de 2 km. A festa de Ano-Novo, que costumava acontecer ao lado do Gasômetro, foi transferida.

    Edu Andrade - 20.dez.2015/Folhapress
    Cartão-postal de Porto Alegre, pôr do sol no lago Guaíba é 'interditado
    Cartão-postal de Porto Alegre, pôr do sol no lago Guaíba é 'interditado'

    Com base no histórico recente da gestão José Fortunati (PDT), os prazos para a obra podem se esticar. Um pacote de construções –viadutos, duplicações e corredores de ônibus, por exemplo– programadas para a Copa de 2014 se arrasta há anos. Em vários casos, por falta de verba.

    O secretário de Obras do município, Mauro Zacher, diz que elas tiveram problemas com desapropriações e indenizações, o que não irá afetar o projeto de revitalização.

    Zacher afirma que, agora, foi preciso interditar todo o espaço de lazer por segurança. "Vamos ficar sem o visual, mas momentaneamente. Vai valer a pena esperar um pouquinho porque vamos devolver esse espaço à cidade."

    O projeto da orla foi feito pelo arquiteto Jaime Lerner, contratado pelo município sem licitação. O custo previsto é de R$ 60,6 milhões.

    A prefeitura diz que a área entre a avenida e as águas, hoje uma várzea com mato e terra batida, irá se tornar um "parque urbano", com deques, novos passeios e bares.

    A contratação de Lerner, alega o município, foi feita devido à experiência dele em projetos urbanísticos.

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