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    Passe Livre repete tática de alunos e faz atos-relâmpago em São Paulo

    ARTUR RODRIGUES
    DE SÃO PAULO

    12/01/2016 02h00

    O MPL (Movimento Passe Livre) passou a fazer protestos-relâmpago, que travam terminais e avenidas do centro expandido da capital paulista, como tática para pressionar contra o aumento das tarifas do transporte.

    Conhecidos como "travamentos", os atos –com número reduzido de manifestantes e, às vezes, simultâneos– foram usados recentemente por secundaristas para pressionar o governador Geraldo Alckmin (PSDB) a voltar atrás no projeto de reorganização e fechamento de escolas.

    Agora, os ativistas do MPL querem que o prefeito Fernando Haddad (PT) e Alckmin também revertam o aumento das passagens de ônibus, trens e metrô de R$ 3,50 para R$ 3,80.

    Dois protestos bloquearam na manhã desta segunda-feira (11) terminais de ônibus e avenidas da capital. Os manifestantes bloquearam a saída do terminal de ônibus de Pinheiros (zona oeste de SP) durante cerca de 40 minutos.

    Após realizarem a ação, os cerca de 40 manifestantes, de acordo com a Polícia Militar, caminharam até o cruzamento das avenidas Rebouças e Faria Lima.

    Já no terminal Bandeira, o ato dos manifestantes a entrada dos ônibus. Uma longa fila de coletivos travou o trânsito nas avenidas próximas ao terminal, incluindo a avenida Nove de Julho.

    Às 8h20, o terminal foi liberado pelos manifestantes.

    INSPIRAÇÃO

    Uma das porta-vozes do MPL, Luíze Tavares, 19, afirma que a tática foi herdada da ação dos secundaristas. O grupo quer que os primeiros atos sirvam de "impulso" para outros.

    "A ideia é espalhar pela cidade e, a partir daí, as pessoas começarem a organizar a coisa", disse Luíze.

    A porta-voz do movimento afirma que a escolha dos terminais ocorre devido à necessidade de diálogo com os trabalhadores e usuários do transporte público.

    protesto contra tarifa

    "No começo, [os usuários] podem se sentir incomodados [pelo bloqueio do terminal], mas, quando sabem por que é o protesto, é uma ação bem recebida", afirma. "Até porque R$ 3,80 não é todo mundo que tem para pagar."

    Além dos pequenos protestos, o grupo mantém na pauta grandes manifestações. Na sexta-feira (8), o primeiro ato do grupo terminou em confronto com a Polícia Militar e 17 detidos.

    O próximo grande protesto ocorre nesta terça-feira (12), a partir das 17h, saindo da Praça do Ciclista, na Avenida Paulista.

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