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    Passear na praia com bebês demanda muita sombra, protetor solar e água

    JAIRO MARQUES
    DE SÃO PAULO

    17/01/2016 02h00

    É antes das 10h -certo. Protetor solar reforçado —certo. Água fresquinha para beber —certo. Mamãe tá junto —certo. Miguel está pronto para encarar uma praia.

    Aos oito meses, como qualquer outro bebê, o pequeno precisa de uma série de cuidados para sentir de perto a brisa do mar.

    Os riscos são vários: viroses, desidratação, queimaduras de sol ou do mormaço e contaminação por alimentos, por exemplo, estão à espreita, alertam pediatras. Por isso, ir à praia com bebês requer algumas precauções.

    Não há uma idade ideal para o primeiro passeio à beira-mar. "Crianças com menos de seis meses podem frequentar locais arejados e com sombra, mas deve-se evitar a exposição direta ao sol", diz José Gabel, médico do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria.

    A mãe de Miguel, Camila Lucchesi Biló, 32, que passa as férias na praia de Boiçucanga, no litoral norte de São Paulo, está bem atenta.

    "Só entro com ele na água se o mar estiver bem calmo e até às 10h. Ainda assim, com muito protetor solar, boia no braço, boné e roupas com proteção UV", diz.

    Jorge Araujo/Folhapress
    Camila, 32, passa protetor solar no filho Miguel, oito meses, na praia de Boiçucanga (SP)
    Camila, 32, passa protetor solar no filho Miguel, oito meses, na praia de Boiçucanga (SP)

    MÃOS LIMPAS

    A pediatra Teresa Uras, coordenadora do Centro de Medicina Fetal e Perinatal do Hospital Samaritano, lembra que os pais precisam redobrar a atenção em relação ao guarda-sol, à contaminação do bebê com água imprópria, areia suja ou alimentos sem procedência conhecida.

    "Os raios solares são refletidos na areia e podem queimar a pele do bebê, que é muito sensível. É melhor optar por uma sombra a ficar embaixo do guarda-sol. E é necessário lavar as mãos antes de cuidar da criança, que também têm de ter as mãos sempre limpas", afirma a médica.

    Segundo a pediatra, não é aconselhado dar aos pequenos qualquer alimento vindo das barraquinhas, como milho cozido, devido ao "grande risco" de infecção.

    Além disso, bebês que mamam no peito não podem receber outros alimentos até completarem seis meses.

    Ela aconselha ainda que os pais não coloquem a criança diretamente na areia em praias onde há animais, por causa do bicho geográfico, e que não seja alterada a rotina dos bebês.

    "Levar a criança para botar o pezinho na água é uma experiência mágica e saudável. Quando se escolhe uma praia com boas condições e toma-se alguns cuidados, fica melhor ainda", diz a pediatra.

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    PERGUNTAS E RESPOSTAS

    A partir de que idade pode ir à praia?

    Não há regra. Desde que protegido do sol (à sombra), bem hidratado e até às 10h ou após às 16h, qualquer bebê pode curtir a praia

    E para entrar no mar?

    Acima de seis meses, com filtro solar para bebês (renovado a cada duas horas) e, de preferência, com roupas que protejam de raios ultravioleta

    Pode comer e beber?

    Quem mama no peito não deve receber nenhum outro tipo de alimento até os seis meses. Água de coco natural é saudável depois disso, mas não alimentos de procedência desconhecida. Prefira legumes e frutas lavados com água filtrada

    Brincar na areia e no mar?

    A partir de um ano, sempre com um adulto. Escolha praias de águas limpas e calmas e sem animais, que aumentam o risco de bicho geográfico

    O que levar?

    Chapéu ou boné, óculos escuros, hidratante, protetor solar (fator acima de 30), lenços, água, frutas e piscina inflável. Roupas com proteção UV também são recomendadas

    Quando tempo pode ficar?

    No máximo, 1 h 30 min. Evite aglomerações e respeite os horários do bebê

    Fontes: Sociedade Brasileira de Pediatria e Centro de Medicina Fetal e Perinatal do Hospital Samaritano de São Paulo

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